Apresentação do Cirque du Soleil em Londres: apesar do faturamento de US$ 1 bilhão em 2012, a empresa não conseguiu ter lucro (Paul Hackett/Reuters)
Da Redação
Publicado em 14 de fevereiro de 2013 às 15h15.
Toronto - O Cirque du Soleil anunciou nesta quarta-feira que despedirá 400 pessoas nas próximas semanas, ou seja, quase 10% de sua força de trabalho, como forma de reduzir seus crescentes custos.
A companhia, que desde sua fundação, há 29 anos, passou de um pequeno grupo de artistas de rua em Montreal a um negócio que em 2012 faturou pouco mais de US$ 1 bilhão, afirmou que as demissões não são uma declaração de crise.
"Que fique claro: o Cirque não está em crise", afirmou durante uma entrevista coletiva em Montreal o porta-voz da empresa, Renee-Claude Menard.
Menard acrescentou que o fundador e proprietário do Cirque du Soleil, Guy Laliberté, não tem a intenção de vender a companhia.
O porta-voz destacou que 2012 foi um dos melhores anos para o Cirque du Soleil, que vendeu mais de 14 milhões de entradas para seus 19 espetáculos, vistos nas principais cidades de América do Norte, Europa e Ásia.
Apesar do faturamento de US$ 1 bilhão em 2012, a empresa não conseguiu ter lucro. Isso, porém, não assusta Menard, que celebrou a capacidade do Cirque du Soleil em "tirar coelho da cartola" em um momento de dificuldades financeiras no mundo.
Para o porta-voz, a falta de rentabilidade do circo se deve à forte valorização do dólar canadense nos últimos anos.
O Cirque du Soleil concentrará as demissões na sede de Montreal, onde trabalham 2 mil das 5 mil pessoas empregadas pela companhia.