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Cielo vive aumento de custos com fim da exclusividade

Custo dos serviços no último trimestre de 2010 foi 42,2% superior ao do mesmo período do ano anterior

Máquina de cobrança de cartões de crédito e débito: a Cielo encerrou o ano de 2010 com um lucro 19,1% maior que o de 2009  (Arquivo)

Máquina de cobrança de cartões de crédito e débito: a Cielo encerrou o ano de 2010 com um lucro 19,1% maior que o de 2009 (Arquivo)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2011 às 18h16.

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São Paulo - Em 2010, a situação macroeconômica impulsionou o comércio varejista e beneficiou o mercado de cartões, segundo Rômulo Dias, presidente da Cielo. Por outro lado, a empresa sentiu em seus custos o impacto do fim da exclusividade dos cartões.

 A Cielo encerrou 2010 com um lucro de 1,831 bilhão de reais - 19,1% maior que o ano anterior. Mas no último trimestre o valor foi apenas 0,6% superior ao do mesmo período de 2009. Na comparação com o terceiro trimestre de 2009 ocorreu uma queda de 9%. A diminuição foi causada pela negociação com lojistas e elevação de custos e despesas operacionais, segundo Dias. "O quarto trimestre é o primeiro que mostra o impacto do novo cenário competitivo”, disse ele, em audioconferência realizada nesta quinta-feira (10/02).

 "Esse novo cenário continuará representando desafios. Já pressionou margens, preços e nossa participação de mercado, que sempre achamos que ia cair, por conta da bandeira deles (a Visa) ser maior que a Mastercard", disse Dias. No curto-prazo, nada de melhoras. Ele acredita que os resultados do primeiro trimestre deste ano ainda vão sentir os impactos da migração.

Custos

O custo do serviço prestado cresceu em 2010, impactado por fatores que desequilibram um pouco a análise, segundo a Cielo, como custos adicionais das tarifas pagas às bandeiras. O custo dos serviços prestados cresceu cerca de 40% entre o quarto trimestre de 2009 e o mesmo período do ano passado – no acumulado de 2010, o crescimento foi de cerca de 26%. Segundo a Cielo, descontando algumas despesas não recorrentes, o crescimento cai para cerca de 20%. “Sobre os gastos, precisamos comparar banana com banana, senão inferimos que eles aumentaram, mas não nessa proporção”, disse Dias. No período, o crescimento das transações foi de cerca de 15%.

No último trimestre, o gasto total unitário (que engloba gastos e despesas operacionais, divididos pela quantidade de transações) ficou em 0,43 centavos de real – 16,2% superior ao do trimestre anterior. Em 2011, esse número deve vir alinhado com o do último trimestre, segundo Dias. Nesse gasto total unitário, além do custo operacional vão todas as despesas gerais e administrativas da organização.

Despesas

As despesas operacionais aumentaram 10% em 2010, para 441,1 milhões de reais. A principal despesa que impactou esse aumento foi o marketing, que apresentou alta de 69,5%, totalizando 123,7 milhões de reais. O crescimento foi reflexo do aumento das despesas com marketing institucional em função da mudança do nome para Cielo, além da campanha publicitária lançada para o fim da exclusividade, segundo a empresa.


As despesas gerais e administrativas aumentaram 12,5%, para 150,3 milhões de reais, como consequência da preparação para o cenário multibandeira. Com o fim da exclusividade, a Cielo aumentou o número de atendentes em call centers, por exemplo. As despesas de pessoal aumentaram 21,2%; as outras despesas operacionais líquidas diminuíram 88,3% para 6 milhões de reais.

 “Quando olho para 2011, temos um desafio, ele continua, mas nosso posicionamento não é só de preço, mas de oferta de valor agregado ao nosso cliente”, disse Dias. O presidente ainda espera reduções adicionais da taxa líquida de desconto, “por conta das renegociações de contratos com clientes”.

A empresa registrou queda no MDR (taxa cobrada dos lojistas por transações com cartões de crédito). “Continua sendo uma taxa superior à praticada pela indústria e caiu fruto da negociação com lojistas”, disse Dias. Cerca de 70% dos grandes clientes já fez negociação, mas não necessariamente migrou suas operações para operar com a Cielo ou com o concorrente, isso será sentido no primeiro semestre de 2011, segundo a empresa.

Nesse novo cenário, em 2011, a Cielo pretende fechar mais parcerias, assim como fez em 2010, ano em que a empresa fechou acordos com Amex, Sorocred, Ticket, Policard, Good Card, JCB e Dotz, comprou a M4U e realizou uma parceria com a operadora Oi.

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