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Cielo vê expansão de cartões entre 15% e 19% em 2013

Empresa encerrou o terceiro trimestre com uma taxa de penetração de terminais de pagamento sem fio de 44%


	"A penetração dos meios de pagamento eletrônicos acreditamos que vai continuar crescendo em termos de 'mid-teens' (cerca de 15 por cento)", disse o presidente Rômulo Dias
 (Germano Lüders/EXAME)

"A penetração dos meios de pagamento eletrônicos acreditamos que vai continuar crescendo em termos de 'mid-teens' (cerca de 15 por cento)", disse o presidente Rômulo Dias (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2012 às 11h46.

São Paulo - A Cielo trabalha com um cenário de crescimento entre 15 e 19 por cento na indústria de meios de pagamentos eletrônicos em 2013, informou o presidente da companhia nesta quarta-feira.

"Se olharmos para o PIB no ano que vem, obviamente dá para dizer que vai ser melhor do que foi este ano. Porém, a penetração dos meios de pagamento eletrônicos acreditamos que vai continuar crescendo em termos de 'mid-teens' (cerca de 15 por cento)", disse o presidente da Cielo, Rômulo de Mello Dias, em teleconferência com analistas sobre resultado divulgado na véspera.

"Seria desafiador a indústria apresentar um crescimento acima de 20 por cento (...) Estimamos algo entre 'mid-teens' e 'high-teens' para a indústria", acrescentou.

Segundo o executivo, a dinâmica competitiva do setor de pagamentos eletrônicos está se mostrando "mais desafiadora" diante da entrada de novos competidores como a Elavon, mas que a Cielo continua "absolutamente confiante em nosso modelo de negócio e nas parcerias estabelecidas".

Ele manteve estimativa de queda de 5 a 7 pontos básicos na taxa líquida de desconto, cobrança da empresa de cartões sobre cada transação registrada pelos lojistas que usam sua máquina de pagamento, até o final do próximo ano. No terceiro trimestre, o chamado "MDR" ficou em 103 pontos.

A Cielo encerrou o terceiro trimestre com uma taxa de penetração de terminais de pagamento sem fio de 44 por cento, acima dos 42 por cento do segundo trimestre e dos 31 por cento do mesmo período do ano passado.

Apesar da empresa preferir um crescimento da base de terminais fixos, que não sofre problemas com sinal de conexão de operadoras de telefonia móvel, Dias afirmou que a demanda dos lojistas por aparelhos sem fio está crescendo pela comodidade propiciada por eles, que têm aluguel maior que o dos fixos.

"No nosso plano de negócios, banda larga era prioridade, porém quando conversamos com clientes, o cliente prefere o 'wireless' pela comodidade (...) por isso acreditamos que tem potencial de crescer percentualmente em nossa base." O presidente da Cielo afirmou ainda que a empresa não espera que o aluguel unitário dos terminais cresça nos próximos trimestres por conta da competição maior no mercado, principalmente no pequeno e médio varejo, "sobretudo por ofertas mais agressivas de nossos principais concorrentes".

Apesar disso, ele disse que a receita nominal como um todo deve avançar, apoiada no crescimento do mercado.


A companhia, que anunciou a aquisição da norte-americana Merchant e-Solutions (Mes) em julho, está avaliando emissão de dívida de longo prazo no exterior para melhorar a estrutura de capital após empréstimo-ponte acertado para a compra do ativo.

Segundo o vice-presidente financeiro, Clovis Poggetti Junior, "com a aquisição da MeS a empresa passou a ter ativo em dólar e a forma mais natural de 'hedgear' esse ativo é com um passivo em dólar, um 'bond', por exemplo, endereçaria esta questão".

"Estamos considerando uma emissão de algo mais estruturado, de longo prazo, e estamos considerando essa emissão também sendo feita lá fora", disse Poggetti, acrescentando que há uma janela de oportunidade de custo para uma eventual operação. Os executivos não divulgaram o que estão considerando de tamanho para a possível emissão.

Às 11h49, as ações da Cielo exibiam alta de 1 por cento, a 45,30 reais, enquanto o Ibovespa mostrava leve perda de 0,08 por cento.

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