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Cielo tem lucro acima do esperado apesar de queda na receita

O lucro da maior empresa de meios eletrônicos de pagamento do país somou R$ 1,046 bi no 1º trimestre, 0,7% acima do resultado obtido um ano antes

Cielo: a receita líquida da Cielo consolidada caiu 8,1% sobre o primeiro trimestre do ano passado, para 2,801 bilhões de reais (Cielo/Divulgação)

Cielo: a receita líquida da Cielo consolidada caiu 8,1% sobre o primeiro trimestre do ano passado, para 2,801 bilhões de reais (Cielo/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 2 de maio de 2017 às 19h37.

Última atualização em 2 de maio de 2017 às 21h57.

São Paulo - A Cielo superou estimativas do mercado para o lucro no primeiro trimestre nesta terça-feira, depois que ganhos financeiros ajudaram a compensar a queda da receita e ganhos menores com antecipação de recebíveis.

O lucro líquido da maior empresa de meios eletrônicos de pagamento do país somou 1,046 bilhão de reais no primeiro trimestre, 0,7 por cento acima do resultado obtido um ano antes.

O resultado ficou um pouco acima da previsão média de 1,039 bilhão de reais em pesquisa da Reuters com analistas do setor.

Receitas menores com aluguel de equipamento de captura de transações e valores menores de tarifas cobrados dos lojistas fizeram o faturamento trimestral da Cielo cair pela primeira vez em três anos, informou a companhia no balanço.

A receita com operações de antecipação de recebíveis de lojistas sentiu o impacto de medidas do Banco Central para reduzir os custos de empréstimo no país.

Ao mesmo tempo, a unidade local de processamento de transações da Cielo teve crescimento de 3,7 por cento no volume financeiro no trimestre, pouco abaixo da previsão da empresa de expansão entre 4 e 6 por cento. Os custos e despesas recuaram mais que o esperado no primeiro trimestre.

O presidente-executivo da Cielo, Eduardo Campozana Gouveia, tem focado em controles estritos de despesas para conter o impacto do aumento da competição e mudanças nas regras da indústria de meios de pagamento.

Executivos da companhia vão discutir os resultados com analistas do setor na quarta-feira.

A receita líquida da Cielo consolidada caiu 8,1 por cento sobre o primeiro trimestre do ano passado, para 2,801 bilhões de reais.

Na comparação com os três últimos meses de 2016, a queda foi de 10,2 por cento, recuo mais acentuado desde pelo menos 2009.

Já o custo com serviços prestados recuou 7,3 por cento na comparação anual e 11,5 por cento sobre o quarto trimestre do ano passado.

Os gastos totais (custo dos serviços prestados somado às despesas operacionais) recuaram 8,8 por cento ante os três primeiros meses de 2016 e 12,6 por cento na comparação anual.

A receita com investimentos financeiros subiu 34 por cento no trimestre, ajudando o lucro líquido. A receita com pré-pagamento de recebíveis caiu pelo terceiro trimestre consecutivo, para 648,6 milhões de reais, menor nível desde o terceiro trimestre de 2015.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) caiu 5,3 por cento, para 1,322 bilhão de reais, bem abaixo da média de previsão de analistas, de 1,727 bilhão de reais.

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