Negócios

Cielo não vê compra da MeS como passo para internacionalização

Negócio fechado com a companhia americana tem como foco reforçar operação da Cielo no Brasil

 Rômulo Dias: nosso foco continua sendo o mercado brasileiro (Divulgação)

Rômulo Dias: nosso foco continua sendo o mercado brasileiro (Divulgação)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 2 de julho de 2012 às 19h57.

São Paulo - A aquisição da americana Merchant e-Solutions (MeS) pela Cielo nada tem a ver com o processo de internacionalização da companhia brasileira. A operação foi anunciada, hoje, pelo valor de 670 milhões de dólares.

Segundo Rômulo de Mello Dias, presidente da Cielo, a operação tem como objetivo diversificar a receita no mercado brasileiro. "Nossa prioridade sempre foi e continua sendo o Brasil", disse o executivo, em teleconferência com a imprensa, nesta segunda-feira.

A operação da MeS no mercado americano, de acordo com Dias, deve continuar crescendo organicamente. "Não vamos fazer nenhum tipo de investimentos por lá. A operação vai se sustentar com as parcerias que já existem nos Estados Unidos", disse o executivo.

A MeS possui mais de 70.000 varejistas afiliados e processa mais de 14 bilhões de dólares em operações por ano. Nos últimos 12 meses, a companhia somou receita de 124 milhões de dólares, alta de 24% em relação ao mesmo período do ano anterior.

"Acreditamos que esse crescimento pode continuar no mesmo ritmo, não vemos sinais de desaceleração. Trata-se de uma companhia com uma rentabilidade", afirmou Dias.

Mercado brasileiro

Já no Brasil, neste primeiro momento, a operação não deve acrescentar muita coisa na receita da Cielo. Isso porque, a transferência da plataforma da MeS deve demorar três anos para ser finalizada.

Segundo Dias, nos próximos anos a Cielo planeja fazer investimentos adicionais de 70 milhões de dólares para as adaptações das novas tecnologias.

Com a operação, a Cielo pretende atingir um novo patamar tecnológico e reforçar sua estratégia de oferecer soluções e serviços aos clientes e parceiros sempre com foco no Brasil.

A aquisição deve ser concluída ainda no terceiro trimestre do ano e o pagamento de 670 milhões de dólares feito com recursos de caixa da companhia e antecipação de recebíveis.

Acompanhe tudo sobre:CieloEmpresas abertasEmpresas brasileirasFusões e AquisiçõesInvestimentos de empresasservicos-financeiros

Mais de Negócios

Azeite a R$ 9, TV a R$ 550: a lógica dos descontaços do Magalu na Black Friday

20 frases inspiradoras de bilionários que vão mudar sua forma de pensar nos negócios

“Reputação é o que dizem quando você não está na sala”, reflete CEO da FSB Holding

EXAME vence premiação de melhor revista e mantém hegemonia no jornalismo econômico