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Cielo entra na disputa com Redecard por pagamentos móveis

A recente compra da M4U por 50,1 milhões de reais faz parte dessa estratégia da companhia

Cielo:receita operacional líquida somou 1,048 bilhão de reais no 2º trimestre deste ano (.)

Cielo:receita operacional líquida somou 1,048 bilhão de reais no 2º trimestre deste ano (.)

Tatiana Vaz

Tatiana Vaz

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

São Paulo - Durante a teleconferência da credenciadora Cielo na manhã de hoje (5/8), o presidente da companhia, Rômulo Dias, afirmou que um dos focos da companhia agora é ampliar seu portfólio com produtos voltados para sistemas de pagamentos móveis, feitos via internet e celular.

Esse segmento, afirmou Dias, ainda é pouco explorado, apesar de "possuir um mercado potencial enorme". A recente compra da M4U por 50,1 milhões de reais faz parte estratégia da Cielo para entrar na competição. Por meio da desenvolvedora de plataformas tecnológicas de mobilidade, a Cielo pretende acelerar a penetração dos meios eletrônicos de pagamento no país.

A venda dessas plataformas seriam feitas para comerciantes autônomos, como vendedores de produtos porta-a-porta e ambulantes, bem como representantes de grandes empresas. "A compra da M4U marca nossa entrada no negócio de recarga de celular, recargas por meio de distribuidores da M4U e realizadas no próprio celular do cliente", afirmou o executivo.

Menor custo e maior volume

 A credenciadora de cartões de crédito Cielo obteve, no segundo trimestre, lucro líquido de 457,7 milhões de reais, aumento de 25,5% em relação ao mesmo período do ano passado e de 4% ante o trimestre anterior.

 O ebitda ajustado da companhia (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 26,1% e terminou o segundo trimestre em 735,3 milhões de reais. A margem de ebitda ficou em 70,1% crescimento de 2,5 pontos porcentuais em comparação ao mesmo período do ano passado.

A receita operacional líquida somou 1,048 bilhão de reais, expansão de 21,6%. "A parceria exclusiva com o HSBC e o fato de termos no porftólio as três maiores bandeiras mundiais - Cielo, Mastercard e Amex - contribuíram para esses resultados", disse Dias.

Ainda é cedo, de acordo com Rômulo, para avaliar os resultados provenientes das transações com a bandeira Mastercard, capturadas pela companhia desde 1º de julho.

O volume financeiro de transações capturadas pela companhia aumentou 21,9% em relação ao segundo trimestre de 2009 e atingiu 61,6 bilhões de reais.

As despesas operacionais da companhia no período totalizaram 102,6 milhões de reais, um aumento de 13,01% em relação ao segundo trimestre de 2009. Já os custos dos serviços prestados ficaram em 257,4 milhões de reais, valor 12,7% acima do apresentado no mesmo período do ano passado.

"Conseguimos não elevar os custos das operações, mesmo com o aumento do volume de transações, graças à austeridade com que tratamos o controle dos gastos", afirmou Dias. "O que estamos fazendo é suficiente para suportar o aumento de custos e despesas que virá com as transações com Mastercard na nossa rede".
 

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