Cielo: "prêmio de inovação" da companhia é de 47,7% (Paulo Fridman/Bloomberg)
Luísa Melo
Publicado em 26 de agosto de 2016 às 11h54.
São Paulo - A Cielo é a única empresa brasileira entre as cem mais inovadoras do mundo, segundo lista divulgada nesta quarta-feira (24) pela Forbes. Ela ocupa a 52ª posição no ranking.
Com uma receita de 11,1 bilhões de reais e lucro líquido de 3,51 bilhões de reais no ano passado, a companhia domina 55% das transações com cartões no país.
A Cielo, porém, quer deixar de ser conhecida como uma operadora de "maquininhas" e se consolidar como uma instituição de tecnologia e processamento de dados.
Dentro desse plano, tem desenvolvido diversas soluções. Entre elas, estão um serviço de big data customizado para pequenas e médias empresas, o Farol, e uma nova máquina que não só faz pagamentos, mas ajuda na gestão do comerciante, a Lio.
Também criou um botão que possibilita compras online em um só clique e quer ter uma assistente pessoal que poderá fazer compras na web por meio de comando de voz, por exemplo.
Metodologia
O levantamento não se baseia em dados que medem o desempenho passado das companhias, mas procura considerar a capacidade dos investidores de identificar quem consegue inovar no presente e no futuro.
Para isso, a Forbes calcula a diferença entre valor de mercado de cada corporação e o valor presente líquido dos fluxos de caixa de seus negócios. O número obtido dessa conta é interpretado como um "bônus" dado pelos investidores na confiança de que a empresa continuará crescendo e dando lucros.
Esse "bônus" é chamado pela revista de "prêmio de inovação" e é a nota usada para compor o ranking. Para a Cielo, o indicador ficou em 47,7%.
As três primeiras da lista, Tesla, Salesforce.com e Regeneron Pharmaceuticals, têm "prêmios" de 82,4%, 75,5% e 72,9%, respectivamente.
Para elaborar o recorte, a Forbes só considera organizações que divulgam seus dados financeiros publicamente há pelo menos sete anos e que têm valor de mercado acima de 10 bilhões de dólares.
Se fossem coletadas informações mais recentes, o Facebook, por exemplo, apareceria bem posicionado na seleção, segundo a revista.
Só entram para o levantamento indústrias que tradicionalmente fazem investimentos significativos em projeto e desenvolvimento (P&D) e, por isso, bancos e outras instituições financeiras não figuram no ranking.