Negócios

Cielo aposta em crescimento orgânico em 2013

A empresa afirmou acreditar no avanço da Braspag, especializada em e-commerce


	A Cielo deixou de capturar R$ 12 bilhões em 2012 em suas máquinas de autoatendimento
 (Divulgação)

A Cielo deixou de capturar R$ 12 bilhões em 2012 em suas máquinas de autoatendimento (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de fevereiro de 2013 às 15h41.

São Paulo - O foco da Cielo em 2013 é crescer de maneira orgânica, de acordo com o presidente da companhia, Rômulo de Mello Dias. O balanço do quarto trimestre e de 2012 mostra, segundo ele, uma nova etapa da Cielo, integrando, pela primeira vez, o resultado da Merchant e-Solutions (MeS). "Nosso objetivo é crescer organicamente, aproveitando a sinergia das empresas já adquiridas, tentando aproveitar a expertise criada por elas", disse ele, nesta quinta-feira.

Sobre o lançamento de linhas de produtos aproveitando a experiência das empresas adquiridas, Dias disse que, em relação à MeS, nenhuma solução deve ser implementada nos próximos dois ou três anos. De acordo com ele, a Cielo não espera nenhum resultado por causa dessa plataforma. Uma linha que, conforme Dias, pode avançar é a Braspag, especializada em e-commerce. "As soluções nesta linha não vão mudar significativamente o nosso ponteiro, mas ajudam no nosso posicionamento no e-commerce", avaliou o presidente da Cielo.

Ele voltou a reforçar que o ano de 2013 tende a ser "desafiador" e que a Cielo está tranquila quanto à sua decisão de reduzir o número de informações divulgadas no balanço para se proteger de uma "possível assimetria de informações", sendo ela, a única empresa com capital aberto na bolsa do setor de adquirência. "Queremos ser justos e não prejudicados por uma assimetria de informações. Somos a única empresa aberta, por isso, reduzimos um pouco o nível de divulgações", acrescentou Dias.

Perdas

A Cielo deixou de capturar em suas máquinas de autoatendimento (POS, na sigla em inglês) R$ 12 bilhões em 2012 com a perda de grandes contas em meio à ofensiva da concorrência. Essa redução já havia sido antecipada pela empresa e foi confirmada nesta quinta-feira pelo presidente da companhia, Rômulo de Mello Dias.


A perda desses R$ 12 bilhões é justificada não só pelo aumento da concorrência, mas pelo crescimento do índice de penetração dos meios de pagamentos, que dificulta a repetição de um índice maior. "Isso já se refletiu nos números divulgados pela companhia em 2012", admitiu Dias.

A estimativa inicial divulgada pela Cielo era de uma baixa de R$ 5 bilhões no volume em termos anualizados, que foi revisada para cima pela companhia posteriormente. Durante a teleconferência do terceiro trimestre, o próprio presidente da Cielo já havia antecipado a possível perda dos R$ 12 bilhões que, conforme ele, embora seja um número relevante não altera de maneira significativa os números da companhia levando em conta o volume financeiro capturado em todo o ano de 2012.

Em 2012, o volume financeiro de transações processadas pela Cielo somou R$ 379,9 bilhões, aumento de 20,3% em relação ao ano anterior. Para este ano, segundo Dias, o volume financeiro de transações do mercado de credenciamento deve crescer entre 15% e 18% em 2013. Já o da Cielo, de acordo com ele, deve crescer ligeiramente abaixo disso.

Acompanhe tudo sobre:BalançosCieloEmpresas abertasEmpresas brasileirasmeios-de-pagamentoservicos-financeiros

Mais de Negócios

De food truck a 130 restaurantes: como dois catarinenses vão fazer R$ 40 milhões com comida mexicana

Peugeot: dinastia centenária de automóveis escolhe sucessor; saiba quem é

Imigrante polonês vai de 'quebrado' a bilionário nos EUA em 23 anos

As 15 cidades com mais bilionários no mundo — e uma delas é brasileira