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Chrysler espera que nova fábrica no Brasil turbine os lucros

A fábrica de Pernambuco da Chrysler, que será aberta no próximo ano, produzirá modelos que se encaixam melhor à demanda do mercado


	Chrysler: empresa é controlada pela Fiat
 (Sean Gallup/Getty Images)

Chrysler: empresa é controlada pela Fiat (Sean Gallup/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 23 de março de 2014 às 13h00.

GENEBRA - A Fiat Chrysler Automobiles (FCA) espera que uma nova fábrica no Brasil melhore sua rentabilidade no mercado até 2017, depois que corte de subsídios e efeitos cambiais afetaram seus lucros no país no ano passado, disse o presidente-executivo Sergio Marchionne nesta terça-feira.

A companhia, criada depois que a Fiat assumiu o controle da Chrysler em janeiro, em um acordo de 4,35 bilhões de dólares para criar a sétima montadora do mundo, cortou sua estimativa de lucro para 2014 depois de um recuo de 80 por cento nos resultados de seu negócio principal na América Latina no trimestre final de 2013.

O Brasil costumava representar cerca de 20 por cento do lucro da Fiat, ajudando a compensar prejuízos na Europa, mas com o fim de incentivos fiscais a vendas de carros, maiores custos de produção e efeitos cambiais pesaram sobre a lucratividade na região.

"Eu estou absolutamente convencido que até 2017, que será o primeiro ano completo de produção da fábrica de Pernambuco, nós retornaremos a ter margens de dois dígitos no Brasil", disse Marchionne a jornalistas na feira do automóvel de Genebra. Ele não disse se as margens se referiam a lucro ou vendas.

A fábrica de Pernambuco, que será aberta no próximo ano, produzirá modelos que se encaixam melhor à demanda do mercado, disse o executivo. Lá será fabricado o pequeno Jeep Renegade que a FCA lançou em Genebra, e cuja produção na Itália já começou, entre outros modelos.

Marchionne disse que estava otimista sobre a recuperação do mercado europeu, mas adicionou que não acredita que os problemas de excesso de oferta estejam resolvidos, e que cortes na produção são necessários para a recuperação ganhar impulso.

"Questões de oferta continuarão a ser um grande problema na Europa e só os resolvemos parcialmente", disse ele.

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