Negócios

Chinesa Xiaomi começará pequena nos EUA

Companhia disse que também está perto de fechar um parceiro para fabricação no Brasil


	Xiaomi: companhia disse que também está perto de fechar um parceiro para fabricação no Brasil
 (Brent Lewin/Bloomberg)

Xiaomi: companhia disse que também está perto de fechar um parceiro para fabricação no Brasil (Brent Lewin/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2015 às 11h52.

São Francisco - A Xiaomi, maior companhia chinesa de smartphones, vai começar a vender fones de ouvido, pulseiras inteligentes e outros acessórios online nos Estados Unidos nos próximos meses, dando seu primeiro passo tentativo no quintal da Apple sem seus dispositivos móveis Mi, sua marca registrada.

A companhia disse que também está perto de fechar um parceiro para fabricação no Brasil, que permitirá que a companhia contorne tarifas punitivas sobre eletrônicos importados quando começar a vender na maior economia da América Latina na primeira metade deste ano.

A Xiaomi, uma recém-chegada criada há cinco anos cujo nome significa "Pequeno Arroz", surgiu do nada para se tornar a marca de dispositivos móveis que vende mais rapidamente na China. A empresa vem ampliando rapidamente sua presença global através de vendas diretas via Internet.

A companhia foi avaliada em 45 bilhões de dólares numa rodada de financiamento em dezembro que atraiu investidores desde o fundo soberano de Cingapura até uma empresa de private capital apoiada pelo cofundador do Alibaba, Jack Ma.

Os dispositivos Mi da companhia, que fizeram sucesso entre usuários chineses devido ao baixo custo e à alta dependência da companhia de interações e comentários de usuários, agora são vendidos online pela Ásia, incluindo mais recentemente a Índia.

O Brasil marca a primeira investida da companhia com smartphones fora de seu continente natal. O vice-presidente de operações globais, Hugo Barra, disse que a Xiaomi pretende começar a vender seus smartphones no país na primeira metade deste ano.

A companhia está em "discussões (em estágios) extremamente avançados" com ao menos meia dúzia de parceiros de fabricação no Brasil, disse Barra, um ex-executivo do Google, sem revelar nomes, o que ajudará a companhia a contornar um imposto de quase 60 por cento sobre eletrônicos importados.

A indústria está particularmente curiosa sobre o potencial da Xiaomi de ter um impacto nos Estados Unidos, que é o maior mercado mobile do mundo em termos de dólares, mas que também é um mercado onde as vendas de telefones são controladas por operadoras de telefonias e onde a Apple tem influência.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)Indústria eletroeletrônicaPaíses ricosSmartphonesXiaomi

Mais de Negócios

Setor de varejo e consumo lança manifesto alertando contra perigo das 'bets'

Onde está o Brasil no novo cenário de aportes em startups latinas — e o que olham os investidores

Tupperware entra em falência e credores disputam ativos da marca icônica

Num dos maiores cheques do ano, marketplace de atacados capta R$ 300 milhões rumo a 500 cidades