Negócios

Chinesa paga US$3 bi por fatia em área na bacia de Campos

Pequim e Hong Kong - A chinesa Sinochem Corp. venceu a concorrência por uma participação avaliada em 3,07 bilhões de dólares em um campo petrolífero da Statoil no Brasil, informou a Statoil na sexta-feira, o que marca o segundo grande acordo de gás e petróleo na América Latina desde março. As chinesas CNOOC e Sinopec também […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

Pequim e Hong Kong - A chinesa Sinochem Corp. venceu a concorrência por uma participação avaliada em 3,07 bilhões de dólares em um campo petrolífero da Statoil no Brasil, informou a Statoil na sexta-feira, o que marca o segundo grande acordo de gás e petróleo na América Latina desde março.

As chinesas CNOOC e Sinopec também fizeram oferta pela participação, disseram fontes da indústria anteriormente à Reuters. A medida acontece no momento em que as estatais de energia da China buscam no mundo todo ativos de alta qualidade para ajudar a alimentar o crescimento econômico da terceira maior economia do mundo.

Em novembro, a norueguesa Statoil afirmou que poderia reduzir sua participação de 100 por cento no campo de Peregrino, na bacia de Campos. "O desinvestimento é um passo natural em nosso esforço contínuo de otimizar nosso portfólio", disse o presidente executivo da Statoil, Helge Lund, em um comunicado.

Quatro empresas chinesas estavam originalmente envolvidas no processo de oferta, noticiou a Reuters em março. A forte exposição da Sinopec ao setor altamente controlado de refino da China levou a empresa a se diversificar em projetos de exploração e produção no exterior, como no recente acordo de 4,65 bilhões de dólares pela fatia da ConocoPhillips em um projeto no Canadá.

A Sinopec já tem presença no Brasil. Em abril, ela recebeu os direitos para desenvolver dois blocos petrolíferos na costa norte do país segundo um acordo fechado com a Petrobras. Na terça-feira, a Sinopec disse que as importações de petróleo do Brasil deverão alcançar 200 mil barris por dia em 2011, alta de 43 por cento ante 2010 em meio a níveis recordes de importação de petróleo pela China.

Desafio
"Tecnologicamente é bastante desafiador. Mas no portfólio geral, é uma ação inteligente porque em águas profundas pode-se achar reservas bem grandes", disse Gordon Kwan, diretor regional de pesquisa energética da Mirael Asset Securities.

As empresas de petróleo e gás da China, incumbidas pelo governo de assegurar a oferta, anunciaram 18,8 bilhões de dólares em aquisições somente no ano passado, de acordo com dados da Thomson Reuters. Em março, a CNOOC comprou uma fatia de 3,1 bilhões de dólares na argentina Bridas Holding, garantindo uma base na América Latina em uma tentativa de aliviar as preocupações de investidores sobre suas agressivas metas de produção.

A Statoil disse que o desinvestimento vai reduzir sua projeção de produção para 2012 em 40 mil barris de óleo equivalente por dia, para 2,06 a 2,16 milhões de barris por dia. "A empresa permanece comprometida em finalizar o desenvolvimento de Peregrino como planejado, operar o campo com eficiência e explorar mais oportunidades de crescimento na região", disse a Statoil, afirmando que também chegou a acordo com a Sinochem em realizarem avaliações conjuntamente de outras oportunidades no Brasil e em outros locais.

Leia outras notícias sobre petróleo

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaEnergiaFusões e AquisiçõesPetróleoQuímica e petroquímica

Mais de Negócios

'E-commerce' ao vivo? Loja física aplica modelo do TikTok e fatura alto nos EUA

Catarinense mira R$ 32 milhões na Black Friday com cadeiras que aliviam suas dores

Startups no Brasil: menos glamour e mais trabalho na era da inteligência artificial

Um erro quase levou essa marca de camisetas à falência – mas agora ela deve faturar US$ 250 milhões