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Chinesa Foton deve ter financiamento de até 80% do BNDES

O investimento na primeira fase, com inauguração marcada para 2015, é de R$ 250 milhões e será via a Foton Aumark do Brasil


	Caminhão da Foton Motors: o Rio de Janeiro planeja dar até R$ 250 milhões em incentivos econômicos, ao longo de dez anos, para abrigar a montadora
 (Divulgação)

Caminhão da Foton Motors: o Rio de Janeiro planeja dar até R$ 250 milhões em incentivos econômicos, ao longo de dez anos, para abrigar a montadora (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2013 às 10h56.

Rio - A primeira fábrica no Brasil da montadora chinesa de caminhões Foton Motors Group contará com até 80% de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), segundo a empresa.

O investimento na primeira fase, com inauguração marcada para 2015, é de R$ 250 milhões e será via a Foton Aumark do Brasil, companhia brasileira que hoje importa e distribui caminhões do grupo chinês.

O Rio de Janeiro planeja dar até R$ 250 milhões em incentivos econômicos, ao longo de dez anos, para abrigar a montadora, empresa privada fundada em 1996 em Pequim e que fabrica cerca de 750 mil caminhões por ano. O Rio venceu a concorrência para receber o investimento com Estados como Rio Grande do Sul, São Paulo e Bahia.

O vice-presidente corporativo da Foton Brasil, Orlando Merluzzi, disse que “a rapidez e a firmeza” do Estado pesaram mais na decisão do que os incentivos concedidos.

O investimento estava programado para 2018, mas foi antecipado para ser enquadrado no Inovar-Auto. O programa, criado para atrair montadoras estrangeiras, isenta as empresas dos 30 pontos porcentuais de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos importados.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do Rio de Janeiro, Júlio Bueno, disse que o Rio entrará como sócio do empreendimento, dentro de um limite de até 30%.


O porcentual variará de acordo com a necessidade do projeto. Será uma forma de viabilizar o investimento e aportar capital até que a liberação do financiamento saia, diz.

Segundo ele, este será também um investimento para o Estado. Bueno espera poder vender a participação com lucro entre três a cinco anos depois da aquisição, o que diz já ter feito anteriormente com outra montadora, com sucesso.

O Rio também ofereceu R$ 25 milhões para compra do terreno, além de ofertar benefícios fiscais. Merluzzi contou que o primeiro caminhão está programado para sair da planta em outubro de 2015.

Terá, segundo ele, um acabamento interno que se aproxima do de automóveis de passeio. A capacidade da primeira fase será para 20 mil caminhões leves por ano em um turno, segundo antecipou o jornal O Estado de S.Paulo na edição de sábado, 06.

O pedido de financiamento ao BNDES ainda não foi feito. Nesta terça-feira, 09, Merluzzi tem audiência no Ministério de Desenvolvimento, em Brasília, para enquadrar a empresa no Inovar-Auto.

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