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China vai liderar a demanda por aviões comerciais

Nas próximas duas décadas, o crescimento econômico do país e o aumento do tráfego aéreo aumentarão o peso dos chineses no comércio mundial de aeronaves, afirma a Airbus

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

As companhias aéreas chinesas triplicarão sua frota até 2023, graças ao crescimento econômico do país e ao aumento dos passageiros. Segundo estimativas da fabricante européia de aviões Airbus, a China poderá adquirir cerca de 1 790 aeronaves nos próximos 20 anos, o que representa um potencial de negócios de 230 bilhões de dólares.

De acordo com o vice-presidente da Aribus, Laurente Rouaud, a demanda chinesa representará pouco mais de 10% do mercado mundial até 2023, que deve chegar em 17 300 aviões vendidos. A Airbus avalia que esses negócios movimentarão cerca de 1,9 trilhão de dólares.

Para a companhia, o número de passageiros chineses crescerá a uma taxa anual de 8,2% nas próximas duas décadas. "É a maior taxa entre todas as regiões do mundo", afirmou Rouaud ao americano The Wall Street Journal. Atualmente, as companhias chinesas já respondem por 15% da produção da Airbus.

Já a companhia americana Boeing, maior concorrente da Airbus, estima que o incremento dos negócios será ainda maior. A empresa que demitiu seu presidente, Harry Stonecipher nesta segunda-feira (7/3) avalia que o mercado mundial movimentará 25 000 aviões comerciais até 2023, com um potencial de negócios de 2 trilhões de dólares. Somente a China poderia absorver 2 293 aparelhos, desembolsando um total de 183 bilhões de dólares.

De acordo com The Wall Street Journal, a diferença entre as projeções das duas companhias deve-se à aposta, por parte da Airbus, de uma forte demanda pelo superjumbo A380. Para a empresa européia, 90% dos vôos entre os Estados Unidos e a China têm como destino as três maiores cidades chinesas, o que incentivaria as companhias a adquirir o A380 para reduzir custos de escala. Em 20 anos, a Airbus estima que a China poderá comprar até 204 A380 (se você é assinante, leia também reportagem de EXAME sobre a guerra por trás do A380).

Já a Boeing afirma que a demanda pelo superjumbo da concorrente não será grande. Para a companhia americana, os passageiros tendem a demandar vôos mais locais, o que favorece a venda de aviões de médio porte, como o modelo Boeing 787.

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