Pequim - Autoridades da China estão pressionando a varejista norte-americana Walmart a encerrar uma disputa trabalhista no país, em um caso que sublinha o poder crescente dos trabalhadores no mercado de trabalho chinês.

Depois de dois dias de arbitragem, autoridades da cidade de Changde, no centro da China, pediram ao Walmart para apresentar até sexta-feira planos para encerrar uma disputa com empregados de uma loja programada para fechar, de acordo com uma porta-voz da comissão de arbitragem que avaliava a queixa.

A comissão, parte do sistema judiciário do município, pediu que a Walmart busque uma resolução para o conflito fora dos tribunais, afirmou a porta-voz.

Já um porta-voz da varejista disse que a Wall-Mart irá cooperar com as autoridades e está buscando maneiras que chegar a uma solução que seja boa tanto para o sindicato como para a companhia.

"Continuamos procurando um acordo por meio de métodos razoáveis e dentro da lei", assinalou.

A loja Walmart em Changde, na província de Hunan, no centro da China, está no centro da controvérsia.

Os funcionários da loja disseram não ter recebido compensação adequada ou notificação do encerramento das operações e estão exigindo que seja dobrada a indenização oferecida aos trabalhadores, disse Huang Xingguo, representante da estatal Federação dos Sindicatos All-China.

Ele disse que dos 135 funcionários na loja, 69 estavam em negociações de arbitragem com a Walmart.

A Walmart disse em outubro que planeja fechar de 15 a 30 lojas ao longo de um período de 18 meses, como parte da meta de melhorar suas operações no país.

Segundo o porta-voz da varejista, 20 fechamentos já foram anunciados até agora. Fonte: Dow Jones Newswires.