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China exige que carros elétricos representem 30% das compras

Essa é a mais recente medida de combate à poluição e para redução do uso de energia após isentar os carros de um imposto sobre a compra


	Carro elétrico: a proporção será elevada depois de 2016
 (Divulgação/Elmo)

Carro elétrico: a proporção será elevada depois de 2016 (Divulgação/Elmo)

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Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2014 às 14h49.

Xangai - A China está exigindo que os carros elétricos respondam por pelo menos 30 por cento do total de veículos comprados pelo governo até 2016. É a mais recente medida de combate à poluição e para redução do uso de energia após isentar os carros de um imposto sobre a compra.

Os ministérios e agências do governo central tomarão a liderança nas compras de “veículos de nova energia”, um termo que a China usa para referir-se aos veículos elétricos, híbridos plug-in e automóveis movidos a célula de combustível, segundo um comunicado colocado ontem no site do governo central.

A proporção será elevada depois de 2016, quando as províncias locais deverão cumprir a meta.

A China está ampliando o apoio aos veículos elétricos em um momento em que a demanda fica aquém de sua meta por causa de preocupações dos consumidores em relação aos preços, à confiabilidade e à conveniência.

O governo identificou esses veículos como um setor estratégico para ajudar o país a ganhar uma liderança global, reduzir a dependência energética e reduzir a neblina que frequentemente atinge níveis perigosos em Pequim e em outras cidades.

“Trata-se de um desejo louvável”, disse Yang Song, analista da Barclays Plc em Hong Kong, que estima que as aquisições do governo responderam por menos de 10 por cento do total de vendas de novos veículos na China.

“As compras do governo não estão crescendo tão rapidamente quanto o consumo privado. Por isso, contar apenas com as compras do governo vai ser difícil”.

Na semana passada, a China anunciou a retirada de um imposto de 10 por cento sobre as compras para veículos de nova energia, isentando-os a partir de 1º de setembro e até o fim de 2017, disse o governo central em um comunicado postado em seu site em 9 de julho.

As ações da BYD Co., fabricante de veículos elétricos da qual a Berkshire Hathaway Inc., de Warren Buffett, é uma das proprietárias, subiam 3,6 por cento, para 48,90 dólares de Hong Kong, às 11h47 da manhã nas negociações em Hong Kong. O índice de referência Hang Seng subia 0,4 por cento.

Veículos elétricos

As medidas anunciadas ontem pela Administração dos Órgãos de Governo da China também exigem que as agências deem preferência à aquisição de veículos totalmente elétricos, enquanto jurisdições de clima frio podem considerar híbridos plug-in. Os sedãs elétricos não deverão custar mais de 180.000 yuans (US$ 29.000) com os subsídios.

Os órgãos de governo e as instituições públicas deverão adicionar espaços para estacionamento reservados para veículos de nova energia e assegurar que a proporção de instalações de carga para os veículos seja igualitária, segundo o plano.

As autoridades locais serão responsabilizadas caso as metas não sejam cumpridas, segundo o comunicado.

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