Negócios

China está prestes a ser o primeiro país onde o e-commerce supera as lojas físicas

Por trás dessa virada, até existe um efeito da pandemia de covid-19, mas as principais razões são o desenvolvimento tecnológico do país e a massificação da utilização de aplicativos que misturam compras com redes sociais e de grandes sites como Alibaba

72% dos consumidores pretendem continuar comprando no e-commerce, aponta pesquisa (Photo credit should read Costfoto/Barcroft Media/Getty Images)

72% dos consumidores pretendem continuar comprando no e-commerce, aponta pesquisa (Photo credit should read Costfoto/Barcroft Media/Getty Images)

Victor Sena

Victor Sena

Publicado em 11 de março de 2021 às 17h07.

Última atualização em 11 de março de 2021 às 17h15.

A cada 100 compras feitas na China neste ano, 52 devem ser por e-commerce. O país será o primeiro em que o ambiente digital vai superar as lojas físicas, farmácias e todo o tipo de transação feita em ambientes físicos no dia a dia.

Por trás dessa virada, até existe um efeito da pandemia de covid-19, mas as principais razões são o desenvolvimento tecnológico do país e a massificação da utilização de aplicativos que misturam compras com redes sociais e de grandes sites como Alibaba.

A previsão foi feita pelo eMarketer. Nos últimos anos, a participação do comércio eletrônico saiu de 34% em 2019 e deve alcançar 58% em 2024.

Os número estão muito à frente do que é visto em quem está em segundo lugar, que é a Coreia do Sul. O país deve ter 28,9% de suas vendas online neste ano no varejo.

Nos Estados Unidos, esse número será de apenas 15%, e a média entre os países da Europa Ocidental será de 12,8%.

A China há muito tempo lidera o mundo em números agregados de vendas de comércio eletrônico e na participação do comércio eletrônico no varejo total.

No entanto, até 2018, essa participação era de apenas 29,2%, o que é relativamente próximo da participação do comércio eletrônico na Coreia do Sul e no Reino Unido neste ano.

Pinduoduo

Pinduoduo: app conecta agricultores e distribuidores aos consumidores diretamente por meio de sua experiência de compra interativa (Barcroft Media/Getty Images)

As razões que explicam esse alto número de compras online na China também têm a ver com a própria história do país. Por lá, os smartphones foram popularizados no lugar de desktops e notebooks no começo dos anos 2000 e os meios de pagamentos digitais estão há alguns anos-luz à frente do ocidente.

Além disso, a grandeza do e-commerce Alibaba também garantia que os chineses encontrassem o que precisassem a poucos cliques.

O eMarketer também aponta que o frete barato e a boa infraestrutura do país faziam com que as entregas acontecessem rapidamente no começo na última década. Mesmo que a situação agora seja diferente, a facilidade das entregas na China catapultaram o desenvolvimento

Os fatores relevantes de hoje são os superapps, que misturam compras com rede social e a plataforma Pinduoduo. O app conecta agricultores e distribuidores aos consumidores diretamente por meio de sua experiência de compra interativa.

Acompanhe tudo sobre:ChinaComércio exteriorAlibaba

Mais de Negócios

20 franquias baratas a partir de R$ 4.990 para abrir até o Natal

Os planos desta empresa para colocar um hotel de R$ 70 milhões do Hilton em Caraguatatuba

Conheça os líderes brasileiros homenageados em noite de gala nos EUA

'Não se faz inovação sem povo', diz CEO de evento tech para 90 mil no Recife