Celulose: a empresa chilena possui crédito de 1,2 bilhão de dólares com o BNDES (Germano Luders)
Da Redação
Publicado em 24 de janeiro de 2013 às 18h37.
Santiago - A companhia florestal chilena Empresas CMPC planeja investir 3 bilhões de dólares até 2015 para financiar seus planos de expansão, que incluem uma ampliação milionária de sua unidade de celulose no Brasil, disse seu presidente nesta quinta-feira, Eliodoro Matte.
A CMPC aprovou no mês passado a ampliação da fábrica de Guaíba (RS), que exigirá um investimento de 2,1 bilhões de dólares e irá convertê-la em uma das maiores produtoras mundiais de celulose.
"Estamos falando de (investimentos) de mais de 1 bilhão de dólares por ano, em média, até 2015, incluindo a ampliação de Guaíba", disse Matte à jornalistas.
O executivo falou logo após uma assembleia extraordinária de acionistas aprovar um aumento de capital de 500 milhões de dólares, por meio da emissão de aproximadamente 155,6 milhões de novas ações, que ajudará a financiar a ampliação no Brasil.
Além da capitalização, que ocorre em abril, Matte confirmou que a empresa irá financiar o projeto com um crédito bancário, emissão de bônus de 500 milhões de dólares e com a venda de ativos.
A emissão de dívida ocorrerá durante o primeiro semestre deste ano, e ainda não está decidido se será feita no mercado chileno ou estrangeiro, acrescentou o executivo.
A companhia conta com um crédito de 10 anos com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), que equivale a cerca de 1,2 bilhão de dólares.
Guaíba II considera uma nova linha de celulose branqueada de eucalipto com capacidade de 1,3 milhão de toneladas por ano, que se somam a planta atual, que tem capacidade de 450 mil toneladas.
A filial CMPC Celulose Riograndense opera a unidade desde 2009, quando a comprou da Fibria por 1,37 bilhão de dólares.
Com a ampliação, que entrará em funcionamento no primeiro trimestre de 2015, a empresa estima uma produção anual de celulose de 4,1 milhões de toneladas.
A empresa disse que, se necessitar de mais recursos, poderia convocar uma nova assembleia para propor outro aumento de capital de 250 milhões de dólares.