O Chile é o país mais ético para negócios na América Latina, segundo pesquisa da Management & Excellence, consultoria espanhola especializada em avaliação ética (veja quadro abaixo). O estudo avaliou oito países da região, sob aspectos como governança corporativa, desempenho fiscal e econômico, indicadores sociais e segurança, além do nível de corrupção pública. Os chilenos destacaram-se pelo seu combate à corrupção e pela sua economia bem desenvolvida e moderna (se você é assinante, leia ainda reportagem de EXAME sobre as lições que o Chile pode dar ao Brasil).

Já o Brasil foi bem avaliado no item governança corporativa, mas perdeu pontos devido à elevada taxa de criminalidade, que pôs o país em último lugar nesse quesito, ao lado da Colômbia, baixo nível educacional e forte desemprego. A corrupção pública também prejudicou o país.

O México obteve o segundo lugar na pesquisa, favorecido pelo bom desempenho de sua economia. De acordo com a Management & Excellence, os mexicanos são beneficiados pela proximidade com os Estados Unidos, que alavanca sua atividade industrial.

Nem mesmo a grave crise econômica e política que arruinou a Argentina e culminou na renegociação de sua dívida externa, recentemente, fez com que o país fosse pior avaliado que o Brasil. Os argentinos ficaram em terceiro lugar na relação, calcados em pontos como o bom nível educacional de sua população.

Embora apresente a mesma pontuação dos brasileiros, a Venezuela apresentou uma situação qualitativamente pior isto é, quesitos de maior peso na avaliação da consultoria tiveram notas mais baixas. Este é o caso da governança corporativa, em que o país está mais atrasado que o Brasil, e a liberdade econômica cuja nota foi a pior entre as nações pesquisadas.