Petróleo: grupo registrou em suas contas uma carga de US$ 1,8 bilhão relacionada à queda dos preços do petróleo (Nick Oxford/Reuters)
Reuters
Publicado em 31 de julho de 2020 às 09h35.
Última atualização em 31 de julho de 2020 às 09h37.
A americana Chevron anunciou, nesta sexta-feira (31), uma perda líquida de US$ 8,3 bilhões no segundo trimestre.
"Os últimos meses apresentaram desafios únicos", disse o presidente da petroleira, Michael Wirth, em um comunicado.
"O impacto econômico da resposta à COVID-19 reduziu, consideravelmente, a demanda dos nossos produtos e fez baixar os preços das matérias-primas. Dadas as incertezas associadas à recuperação econômica e a abundante oferta de petróleo e gás, revisamos para baixo nossas perspectivas sobre os preços das matérias-primas, o que se traduz na desvalorização de ativos e outras cargas", explicou.
Assim, o grupo registrou em suas contas uma carga de US$ 1,8 bilhão relacionada à queda dos preços do cru.
Fortemente afetado pelas medidas de restrição de viagens para frear a pandemia, o preço do barril de WTI cotado em Nova York chegou a cair para US$ 37 em abril.
Recuperou-se, mas se mantém em níveis que vários observadores consideram muito baixos para sua rentabilidade.
A Chevron também registrou uma depreciação de US$ 2,6 bilhões por seus ativos na Venezuela, devido a "incertezas sobre o entorno atual" para suas operações neste país, assim como uma carga de US$ 437 milhões por efeitos cambiais, e outra de US$ 780 milhões, relacionada à saída de funcionários.
Excluindo-se elementos excepcionais, o grupo registrou uma perda de US$ 3 bilhões.