Protesto do Greenpeace na sede da Chevron, no Rio: pressão ambiental acelerou saída da companhia (Luiza Castro/AFP)
Da Redação
Publicado em 15 de março de 2012 às 17h51.
Rio - O diretor de Assuntos Corporativo da Chevron, Rafael Jaen, informou nesta quinta-feira, 15, que um novo vazamento no Campo de Frade foi identificado no dia 4 de março. Na última terça-feira, a companhia identificou uma fissura na formação geológica, que já foi comunicada à Agência Nacional do Petróleo (ANP).
A fissura tem cerca de 800 metros de comprimento. A Chevron instalou um sistema para captar as bolhas de óleo que vazaram para evitar que a mancha subisse para a superfície.
Jaen informou que a empresa suspendeu temporariamente as operações de produção no Campo Frade, na Bacia de Campos. A decisão foi tomada por precaução e já protocolada nos órgãos reguladores brasileiros.
Segundo ele, a empresa está trabalhando na investigação da causa do novo vazamento. Os primeiros cálculos apontam para um vazamento de 5 litros. A produção total no Campo de Frade é de 61,5 mil barris.
A mancha foi identificada a três quilômetros de onde ocorreu o vazamento de 7 de novembro. Segundo o executivo, a mancha identificada agora não tem relação com o caso anterior.
Ibama e ANP investigam vazamento
Técnicos do Ibama e da ANP analisam se o novo vazamento tem alguma ligação com o derramamento de 10 mil litros de óleo em novembro passado.
A Chevron Brasil confirmou ter identificado uma "pequena mancha e uma nova fonte de afloramento" de óleo, durante o monitoramento do Campo Frade, operado pela petroleira na Bacia de Campos. A fissura era até então desconhecida.
Segundo a companhia, dispositivos de contenção foram imediatamente instalados para coletar o que a empresa classificou como gotas, pouco frequentes. "Hoje, algumas pequenas bolhas foram vistas na superfície. A Chevron Brasil está investigando a ocorrência", disse. A ANP confirmou o vazamento de óleo.