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Cesp pode economizar R$70 mi por ano com demissão voluntária

Expectativa é cortar em cerca de um terço o número de funcionários, reduzindo na mesma proporção os gastos da folha de pagamento de R$ 200 milhões por ano

Cabos de alta-tensão da CESP: companhia tem atualmente cerca de 1.200 funcionários (Marcos Issa/Bloomberg News)

Cabos de alta-tensão da CESP: companhia tem atualmente cerca de 1.200 funcionários (Marcos Issa/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2013 às 16h15.

São Paulo - A estatal paulista de geração de energia Cesp poderá ter uma economia de cerca de 70 milhões de reais por ano se todos os 408 funcionários que podem participar do Programa de Desligamento Voluntário (PDV) aderirem, disse executivo da empresa nesta quinta-feira.

A expectativa da Cesp é cortar em cerca de um terço o número de funcionários, reduzindo na mesma proporção os gastos da folha de pagamento que atualmente é de 220 milhões de reais por ano, disse o diretor financeiro da Cesp, Almir Martins, após participar de evento.

"O programa, se todos aderirem, custa mais ou menos uns 50 milhões de reais. Esse desembolso é recuperável em seis meses", disse Martins a jornalistas.

O PDV que está sendo iniciado tem prazo até 22 de agosto para adesão, sendo que funcionários com direito a aposentadoria adquirido até dezembro poderão participar.

Os resultados do programa já começam a ser sentidos pela empresa em setembro, segundo Martins.

Os funcionários que aderirem ao programa serão aposentados pela Fundação Cesp, conforme disse o secretário de Energia do Estado de São Paulo, José Aníbal, na quarta-feira.

Atualmente, a Cesp tem 1.200 funcionários.

A geradora realiza o programa de desligamento após não aceitar a renovação das concessões das usinas hidrelétricas Jupiá, Ilha Solteira e Três Irmãos pelas regras estabelecidas pelo governo federal no início do ano, com redução de receitas.

A receita da Cesp cai em 70 por cento a partir de julho 2015, quando estarão vencidas as concessões das três usinas.

No caso da hidrelétrica Três Irmãos, cuja concessão já venceu, a Cesp continua operando a usina recebendo apenas valores por operação e manutenção, até que seja definido concessionário para a usina em leilão, o que está previsto para ocorrer em setembro.

A empresa não descarta participar do leilão. "Temos interesse em participar, vai depender da proposta", afirmou o presidente da Cesp, Mauro Arce, ao acrescentar que antes do leilão o governo tem que definir quanto a empresa irá receber de indenização pelos investimentos não amortizados na usina.

A empresa e o governo paulista, controlador da geradora, aguardam um posicionamento do governo federal sobre os critérios usados para calcular a indenização oferecida de 1,7 bilhão de reais por investimentos não depreciados em Três Irmãos. A Cesp defendia que teria a receber cerca de 3,5 bilhões de reais. (Por Anna Flavia Rochas, texto de Aluísio Alves, edição de Aluísio Alves)

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