Cervejaria: Ministério Público entra com ação contra a Becker (Washington Alves/Reuters)
Janaína Ribeiro
Publicado em 14 de fevereiro de 2020 às 21h19.
A Cervejaria Backer teve o bloqueio de bens pedido pelo Tribunal de Justiça para a reparação de danos aos consumidores contaminados. Tanto os imóveis em nome da empresa, como veículos e valores podem chegar a casa dos R$ 100 milhões, segundo apurou o G1.
Na última quarta-feira, o Ministério Público Federal de Minas Gerais (MPMG) expediu o pedido, tornando os bens da cervejaria indisponíveis após determinação da Justiça. A decisão visa impedir que os proprietários se desfaçam do patrimônio, utilizando exclusivamente para reparar os consumidores atingidos.
Segundo a promotoria do MP, a Backer teria negado apoio às vítimas.
Pelo menos 34 casos de intoxicação estão sendo apurados pela Polícia Civil, já que podem estar ligados a intoxicação pelo dietilenoglicol.
Segundo a cervejaria, a fundamentação da ação coletiva impetrada pelo Ministério Público foi o descumprimento de um acordo preliminar que, diferentemente do alegado, foi integralmente cumprido pela Backer. A empresa ainda informa que está tomando as medidas cabíveis visando prevalecer a verdade dos fatos.
No último dia 03, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) divulgou um boletim atualizando para seis o número de mortos que podem ter se intoxicado por dietilenoglicol. A suspeita é de que as vítimas tenham ingerido a substância ao consumir cervejas da marca Backer.