São Paulo - A experiência de vida pode ser mais decisiva do que as lições de um MBA para se ter sucesso nos negócios. Essa é a conclusão de um estudo publicado na revista americana BusinessWeek, realizado pela consultoria Equilar, sobre a ligação entre os salários dos executivos e sua formação.
Para chegar ao resultado, a Equilar criou uma lista dos presidentes-executivos mais bem pagos que comandam empresas com mais de 1 bilhão de dólares de faturamento. Na pesquisa, eles perceberam que mais da metade dos 50 CEOs de maior salário não possui MBA e a maioria daqueles que têm fez o curso em instituições não muito reconhecidas. Entre os 25 mais ricos, 18 tiveram formação superior de MBA em universidades ranqueadas entre as Top-30 pela BusinessWeek. Destes, apenas nove estudaram em entidades situadas entre as dez melhores.
No entanto, o sucesso dos menos graduados não se deve apenas à sorte. Especialistas afirmam que as habilidades de comunicação, de ter bons relacionamentos interpessoais e de tomar decisões importantes rapidamente não podem ser aprendidas em um curso de MBA, que, em geral, limita-se a habilidades mais técnicas. Por isso seus salários não ficaram prejudicados por sua formação acadêmica defasada.
Uma
outra pesquisa, realizada na University of Colorado at Boulder, University of New Hampshire e Georgia State University, nos Estados Unidos, reforça essa ideia. Segundo o estudo, o grau de instrução elevado faz mais diferença na hora de selecionar o executivo do que na sua performance a longo prazo dentro da empresa.