(Brendan Mcdermid/Reuters)
Bloomberg
Publicado em 26 de maio de 2021 às 11h59.
Os CEOs da maioria dos grandes bancos americanos viram seus salários aumentarem durante a pandemia.
Entre os bancos com mais de US$ 1 bilhão em ativos, dois terços dos CEOs tiveram um aumento na remuneração este ano, de acordo com um estudo realizado por analistas da corretora Janney Montgomery Scott. O aumento médio foi de 26%, segundo os dados.
Os CEOs dos maiores bancos dos EUA - aqueles com mais de US$ 50 bilhões em ativos - tiveram o menor aumento na reuneração, equivalente a 5,8%. O CEO do Bank of America, Brian Moynihan, o do Wells Fargo, Charlie Scharf e o do US Bancorp, Andy Cecere, viram sua remuneração diminuir este ano.
Os bancos fizeram reservas de bilhões durante a pandemia de Covid-19 conforme o desemprego disparava, com temores de que os tomadores de empréstimos começassem a não pagar suas dívidas. Mas onda após onda de pagamentos de auxílio econômico pelo governo americano evitaram amplamente as perdas, permitindo que os bancos começassem a liberar as reservas nos últimos trimestres.
O salário do CEO Richard Fairbank, da Capital One Financial Corp., disparou 161% para US$ 20,1 milhões, o maior salto entre os maiores bancos americanos, de acordo com a Janney, que baseou seu estudo em tabelas resumidas de remuneração em documentos regulatórios. Uma parte da remuneração de 2019 de Fairbank foi paga após aquele ano, uma mudança que aumentou seus ganhos depois.
A remuneração de Jamie Dim, do JPMorgan Chase, subiu apenas 0,2%, mas ele continua sendo o CEO mais bem pago do setor bancário, ganhando quase US$ 32 milhões este ano.