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CEOs brasileiros são influentes, rápidos e ativos

Levantamento traçou o perfil comportamental dos presidentes de empresas brasileiras

Executivos pasta currículo (Getty Images/EXAME.com)

Executivos pasta currículo (Getty Images/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2010 às 15h14.

São Paulo - Os líderes das companhias brasileiras causam forte impacto do ambiente de trabalho, são influentes, ativos e rápidos. Essas são algumas das principais características apontadas por um estudo feito pela Arquitetura Humana, empresa especializada em gerenciamento de pessoas. Foram analisados 207 perfis de presidentes-executivos de companhias de diferentes tipos e setores ao longo de 17 anos. A maioria das empresas do levantamento é de São Paulo (66,2%) e o restante (33,8%) distribuído entre 12 estados.

O “impacto no ambiente de trabalho” foi a característica mais marcante entre os executivos pesquisados, representando 95% do total. A dominância, ou influência sobre as pessoas, aparece em segundo lugar, com 92%. A terceira característica mais presente é a “energia” (91%), marcada pela capacidade de suportar estresse, tensão e longos períodos de trabalho.

De acordo com Elmano Nigri, presidente da Arquitetura Humana, esses altos índices não indicam necessariamente que as empresas querem somente presidentes com estes traços. Ele afirma que o resultado é um misto de coincidência com exigências pré-definidas de forma inconsciente pelas companhias. “As empresas buscam um profissional nessas condições, mas elas não usam o aspecto científico para ver o perfil dele. Há uma questão inconsciente que as leva a escolher pessoas assim”, diz.

Nigri considera que as empresas ainda precisam desenvolver seleções mais estruturadas, sem a dependência de um headhunter ou recrutador externo. “Os acionistas e o conselho precisam definir melhor o processo de escolha, quais os aspectos são importantes para a empresa. É preciso fazer um mix de profissionais na equipe com várias competências diferentes”, afirma.

Ele também chama a atenção para o problema que a falta de planejamento e treinamento interno de altos executivos podem trazer. Com o chamado “apagão de talentos”, muitas vezes é preciso buscar o profissional fora da companhia, mas nem sempre um CEO que deu certo em uma empresa dará certo em outra. Por isso, para o presidente da Arquitetura Humana, é necessário ter uma noção clara do perfil mais interessante de líder para a companhia.

Diferenças

Dos 207 líderes pesquisados, apenas 6 (ou 2,9%) eram mulheres. Para Nigri, essa amostra comprova a pequena representatividade delas em posições muito altas nas empresas. “Ficou claro na pesquisa que o mundo dos negócios é muito mais masculino, porque as mulheres abrem mão da possibilidade de comando para pensar e se dedicar à família”.

Também houve diferenças comportamentais entre os estados brasileiros. Os executivos paulistas, por exemplo, se mostraram mais rápidos em relação aos de outros locais (92% contra 85% respectivamente). Segundo Nigri, essa diferença se dá pela maior competitividade presente no mercado paulista.

“Como em São Paulo a demanda é maior, a competitividade fica maior e, assim, é necessário mais rapidez nos resultados. Nas outras regiões, isso não é tão forte”, afirma. O mesmo ocorre no quesito ligado a “assumir riscos”, que, em média, representa 85% dos presidentes. Em São Paulo, o número é maior, 89%, enquanto nos outros estados a taxa cai para 76%.

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