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CEO da Fiat Chrysler busca mega acordo antes de deixar cargo

Marchionne e a família Agnelli, fundadora da Fiat, estão mostrando interesse particular na General Motors, disseram várias fontes


	Sergio Marchionne: Marchionne e a família Agnelli, fundadora da Fiat, estão mostrando interesse particular na General Motors
 (Alessia Pierdomenico/Bloomberg)

Sergio Marchionne: Marchionne e a família Agnelli, fundadora da Fiat, estão mostrando interesse particular na General Motors (Alessia Pierdomenico/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 13 de abril de 2015 às 14h41.

Londres/Milão - O chefe da Fiat Chrysler, Sergio Marchionne, está esperando por um grande negócio, possivelmente nos Estados Unidos, para resolver a fraqueza da montadora e cimentar seu legado antes de deixar o cargo no começo de 2019, disseram fontes familiarizadas com a situação.

No entanto, a sétima maior montadora de veículos do mundo, que tem uma das maiores dívidas do setor, quase não consegue atingir o ponto de equilíbrio financeiro na Europa e deve queimar caixa por anos para reformular a marca Alfa Romeo, pode enfrentar dificuldades para encontrar um parceiro.

Marchionne e a família Agnelli, fundadora da Fiat, estão mostrando interesse particular na General Motors, disseram várias fontes. O interesse decorre do fato que o mercado norte-americano vem sendo considerado principal para a FCA há anos.

Além disso, a GM é forte na Ásia, onde a FCA é fraca e a montadora norte-americana está ansiosa para se expandir na Europa depois que sua tentativa de aliança com a PSA Peugeot Citroën fracassou.

No entanto, um porta-voz da GM disse que a companhia está focada em executar sua própria estratégia, enquanto uma fonte em um banco norte-americano familiarizada com o assunto disse que a GM "realmente não está interessada" em algum negócio com a FCA.

"Marchionne claramente colocou o cartaz à venda'", disse um executivo do setor bancário próximo da Peugeot e da General Motors.

"Ele tem tateado em todos os cantos numa tentativa de criar opções, mas até agora ninguém mordeu a isca."

Marchionne, que tem dado pistas cada vez mais diretas de que ele deseja uma aliança para iniciar uma consolidação no setor que seja capaz de compartilhar custos de investimentos e financiar desenvolvimento de carros mais limpos e recursos como condução autônoma, disse no mês passado que uma aliança com a GM e a Ford seriam "tecnicamente realizáveis".

No entanto, o presidente-executivo de 62 anos da FCA disse que nada está sobre a mesa no momento.

Um porta-voz da FCA não quis comentar o assunto, mas uma fonte de fora da companhia que está familiarizada com a estratégia disse: "Os EUA são onde a FCA está se concentrando agora. Marchionne está trabalhando muito em seu último acordo e algo acontecerá antes de 2018."

Alguns executivos da indústria disseram que os recentes comentários de Marchionne podem ter sido uma tentativa de criar uma guerra de ofertas ao sugerir um interesse maior do que o que existiria de fato na empresa.

"O Sergio é um grande jogador de pôquer. Todo o barulho que eles está fazendo tem como objetivo esconder o fato que os anos dourados da FCA estão perto do fim", disse outro executivo de banco de investimento que trabalha próximo da indústria automotiva.

A FCA planeja investir 48 bilhões de euros para fabricar novos Jeeps e Maseratis e reformular a Alfa Romeo.

A maior parte dos analistas da indústria duvida que Marchionne vai alcançar a alta de 60 por cento nas vendas, para 7 milhões de carros, que vislumbra para 2018.

A FCA vendeu 4,6 milhões de veículos no ano passado, uma alta de 6 por cento sobre 2013.

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