Sergio Marchionne: executovo de 65 anos deixará cargo de presidente-executvo da companhia no início de 2019 (Alexandre Battibugli/Site Exame)
Reuters
Publicado em 1 de junho de 2018 às 16h33.
Última atualização em 1 de junho de 2018 às 19h34.
Balocco, Itália - O presidente-executivo da Fiat Chrysler, Sergio Marchionne, entregou um plano nesta sexta-feira de melhorar os veículos utilitários esportivos e investir 9 bilhões de euros em veículos elétricos e híbridos em uma tentativa de dobrar o lucro operacional até 2022.
O presidente-executivo de 65 anos, que deixará o cargo no início de 2019, disse que a montadora vai eliminar motores a diesel em carros de passageiros europeus até 2021 e reiterou a necessidade de consolidação para produzir carros mais limpos e inteligentes à medida que a FCA estabelece um roteiro para suas marcas Jeep, RAM, Alfa e Maserati.
"Essas marcas compõem a porção mais significativa de nossas receitas e nossos ganhos", disse Marchionne, acrescentando que a FCA terá um fluxo de caixa positivo até o final de junho.
A Fiat Chrysler espera pelo menos dobrar o lucro operacional ajustado e retornar a um grau de investimento e dividendos até 2022, ajudada pelo forte crescimento de sua marca Jeep SUV e pela expansão de seu portfólio de produtos premium.
Com uma estratégia de cinco anos, a sétima maior montadora do mundo disse que está mirando lucros ajustados antes de juros e impostos entre 13 e 16 bilhões de euros em 2022, ante 6,6 bilhões de euros no ano passado, enquanto as margens devem subir entre 9 e 11 por cento, ante 6,3 por cento em 2017.
A FCA espera que as vendas cresçam cerca de 7 por cento ao ano e tem como meta uma taxa de dividendos de cerca de 20 por cento, para pagar um total de cerca de 6 bilhões de euros nos próximos cinco anos.
Marchionne disse que a FCA investirá 9 bilhões de euros até 2022 em tecnologia híbrida e elétrica para garantir que a sétima maior montadora do mundo cumpra as regras de emissões.
A FCA reformulou algumas fábricas dos EUA para aumentar a produção de SUVs e caminhões lucrativos, ao mesmo tempo em que encerrou a produção de sedãs não rentáveis e está a caminho de atender ou exceder quase todas as metas financeiras estabelecidas no último plano estratégico em 2014.
A medida levou a empresa a eliminar a diferença de margem com seus maiores rivais americanos GM e Ford e agora a Europa é o foco dos investidores.
"Um exercício igualmente confiável para a EMEA (Europa, Oriente Médio e África) dará aos investidores confiança nas metas para a região", disse George Galliers, analista da Evercore ISI.