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Cemig quer fazer aquisições de R$2,5 bi a R$3bi em 2010

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Cemig pretende fazer aquisições de 2,5 bilhões a 3 bilhões de reais em 2010, afirmou nesta segunda-feira o presidente da estatal mineira de energia, Djalma Bastos de Morais, dias após ter anunciado o aumento da participação na Light. Segundo o executivo, o foco será em empresas que gerem sinergias […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Cemig pretende fazer aquisições de 2,5 bilhões a 3 bilhões de reais em 2010, afirmou nesta segunda-feira o presidente da estatal mineira de energia, Djalma Bastos de Morais, dias após ter anunciado o aumento da participação na Light.

Segundo o executivo, o foco será em empresas que gerem sinergias à Cemig. Ele assegurou que não haverá problema de financiamento para as compras.

"O primeiro vetor para a gente investir não é o caixa, vamos focar em ativos que tenham sinergia", disse Morais a analistas durante teleconferência da qual também participaram executivos da Equatorial Energia, sócios da Cemig na Light.

Na semana passada, a Cemig fechou contratos de compra e venda de ações com a Andrade Gutierrez e a Equatorial Energia visando a reestruturação do bloco de controle da Light, empresa na qual a Cemig já detinha 13,03 por cento das ações. A fatia da empresa mineira na Light poderá chegar a 39 por cento no final da operação.

O presidente da Cemig não soube informar qual seria a economia com sinergias entre as duas distribuidoras que juntas são responsáveis por 16 por cento de toda a energia elétrica distribuída no Brasil.

"Na divulgação dos resultados do primeiro trimestre já teremos alguns números", prometeu, adiantando que inicialmente a diretoria da Light não será alterada.

"Após o pagamento da primeira parcela, estudaremos junto aos nossos sócios o comando das pessoas dentro da Light, ainda não temos o controle da empresa", afirmou Morais. A operação de 1,6 bilhão de reais ainda depende da aprovação de órgãos reguladores.

O diretor de Finanças da Cemig, Luiz Fernando Rolla, disse que a compra da Light foi motivada pela busca de aumento da área de atuação, diante das perspectivas positivas para o setor de petróleo e eventos que estimularão a economia do Rio, como a Copa do Mundo 2014 e as Olimpíadas 2016. A Light atua na capital fluminense e em mais 30 municípios do Estado do Rio de Janeiro.

Ainda segundo Rolla, a compra da Light dará retorno de 11 por cento em termos reais aos acionistas.

Na visão do diretor da Cemig, a redução do número de acionistas no capital da Light beneficiará sua gestão. "Agora temos o papel redefinido, um sócio investidor (Luce) e a Cemig (operadora). Por isso, o relacionamento dos dois vai ser muito mais eficiente", avaliou.

ANALISTAS DIVERGEM

Para a corretora Ativa, o aumento da presença da Cemig na Light é negativo para a empresa de Minas Gerais, pois "não existe ganho estratégico objetivo com o aumento da participação da estatal mineira na distribuidora carioca". Para a Ativa, o negócio deve ser positivo apenas para Light, por ganhos na gestão, e Equatorial.

Já a corretora Brascan considerou o aumento de participação da Cemig na Light como positiva, por agregar valor para os acionistas.

As ações da Light caíam 1,66 por cento às 17h51, enquanto as da Equatorial Energia cediam 1,38 por cento. As da Cemig registravam baixa de 0,92 por cento. No mesmo horário, o Ibovespa subia 2,02 por cento.

 

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