Negócios

Cemig diz que venda de ativos tem avançado mesmo com crise

Diretor financeiro disse que a companhia está muito próxima de assinar contrato para a venda de sua fatia na hidrelétrica de Santo Antônio, em Rondônia

Cemig: diretor financeiro afirma que o desinvestimento da Cemig atrai forte interesse de diversos investidores mesmo em meio à crise política e econômica (Cemig/Divulgação)

Cemig: diretor financeiro afirma que o desinvestimento da Cemig atrai forte interesse de diversos investidores mesmo em meio à crise política e econômica (Cemig/Divulgação)

R

Reuters

Publicado em 10 de julho de 2017 às 11h25.

São Paulo - A estatal mineira de energia Cemig tem avançado em seu plano de desinvestimentos, que atrai forte interesse de diversos investidores mesmo em meio à crise política e econômica brasileira, disse nesta sexta-feira o diretor financeiro da companhia, Adézio Lima.

Em teleconferência com investidores sobre o andamento das vendas de ativos, que visam gerar recursos para reduzir a enorme dívida da elétrica, Lima disse que a Cemig está muito próxima de assinar contrato para a venda de sua fatia na hidrelétrica de Santo Antônio, em Rondônia.

O executivo disse ainda que há uma decisão "irrevogável" da Cemig de vender toda sua participação na Light, que tem ativos de geração e é responsável pela distribuição de eletricidade na região metropolitana do Rio de Janeiro.

Segundo ele, a Cemig deve decidir em entre 15 e 20 dias como será feita essa venda, se por um processo competitivo ou por meio de um leilão do bloco de controle da companhia na bolsa de valores.

Lima afirmou que a Cemig já teve contato com 14 possíveis interessados na Light e que 12 desses confirmaram o interese, enquanto um deles ainda avalia o negócio.

"Nessa semana e na semana que vem vamos fazer um roadshow mais substantivo com esses possíveis compradores para termos uma avaliação da firmeza desses interesses", explicou.

"Nós acreditamos que o que está mais próximo de virar uma entrada de caixa na companhia é nossa participação em Santo Antônio, e temos uma firmeza muito forte na venda da Light", resumiu Lima.

Ele ressaltou ainda como ativo importante para venda a distribuidora de gás Gasmig, mas ressaltou que provavelmente o negócio envolverá apenas 49 por cento da participação da Cemig na empresa, uma vez que a legislação de Minas Gerais estabelece obrigação de plebiscito para aprovar a venda integral de estatais de gás e energia.

"Sendo bastante objetivo e pragmático, nós queremos vender os 49 por cento, e está evoluindo bastante a elaboração dos editais...Muitos compradores já têm nos visitado", disse.

Ele não descartou a venda integral da Gasmig, mas condicionou o movimento a um cálculo sobre a possibilidade de o negócio ser aprovado num eventual plebiscito. "Podemos chegar a 100 por cento se acharmos que tem ambiente político para fazer."

Lima disse ainda que espera em até 60 dias fechar um negócio para a venda do controle da Renova Energia, onde Cemig e Light têm participação.

Já a fatia da Cemig na transmissora de energia Taesa pode acontecer mais ao final do ano. Segundo Lima, os recursos obtidos com o negócio podem ser utilizados para reduzir dívidas ou para quitar uma obrigação da Cemig de comprar fatias de parceiros na Light.

A Cemig se comprometeu com bancos que são seus sócios na Light a comprar a fatia deles na empresa ainda neste ano ou encontrar outros compradores.

Segundo Lima, a Cemig considera também utilizar dividendos gerados pela própria Light para quitar essa obrigação.

Dívida

A Cemig ainda tem negociado com bancos uma mudança no perfil de sua dívida, devido a elevados vencimentos de curto prazo.

Segundo Lima, a proposta da empresa tem sido bem recebida pela área técnica dos bancos credores.

"Nos próximos 20 dias devemos ter o reperfilamento da dívida, dando fôlego para a companhia, para que ela possa honrar e pagar seus compromisoss no mercado de capitais e crédito", disse.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasCemigEnergia elétricaInvestimentos de empresas

Mais de Negócios

Quais são os maiores negócios do Rio Grande do Sul? Veja quanto eles faturam

Bilionário 'em dificuldades' tem indenização de US$ 400 milhões por obras de arte danificadas negada

Quais são as maiores empresas de São Paulo? Veja ranking

Quais são as 10 maiores empresas de Santa Catarina? Veja quanto elas faturam