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Cemig deve perder direito à prorrogação de usinas

Se depender do esforço da base aliada, companhia não conseguirá manter por mais 20 anos concessões de três de suas usinas que nunca foram renovadas


	Usina hidrelétrica de São Simão: a maior usina administrada pela Cemig nunca teve sua concessão renovada, assim como a de Jaguara e Miranda
 (foto/Divulgação)

Usina hidrelétrica de São Simão: a maior usina administrada pela Cemig nunca teve sua concessão renovada, assim como a de Jaguara e Miranda (foto/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2012 às 08h15.

Brasília - Se depender do esforço da base aliada do governo no Congresso, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) não conseguirá manter por mais 20 anos e com as mesmas tarifas as concessões de três de suas usinas que nunca foram renovadas - Jaguara, São Simão e Miranda.

Emendas à Medida Provisória 579, que dispõe sobre as condições para renovação das concessões do setor elétrico, restringem a abrangência do texto aos empreendimentos que já tiveram os contratos prorrogados pelo menos uma vez, o que beneficiaria a estatal mineira.

Mas, nos bastidores, os membros da comissão especial que vai analisar a MP 579 já adiantam: no caso da Cemig, o que houve foi "frustração de expectativas" e não "quebra de contrato". A empresa não apresentou pedido para continuar com as três usinas por entender que poderia obter uma prorrogação automática da concessão, a exemplo do que ocorreu com outras companhias, e conta com o apoio dos congressistas para fazer valer esse direito. Para o governo, as três usinas já tiveram seus custos amortizados e proporcionariam à Cemig um lucro de cerca de R$ 1,5 bilhão por ano.

Associações que representam o mercado livre também fizeram lobby no Congresso para receber, assim como as distribuidoras, cotas da energia mais baratas, gerada pelas usinas mais velhas. E há emendas que pedem a alteração do regime de incidência de PIS/Cofins para a conta de luz, o que poderia reduzir ainda mais o valor ao consumidor final.

Todas essas emendas devem ser descartadas, a exemplo das que entraram "de contrabando" - e pedem desde o fim da obrigatoriedade do exame da OAB para exercício da profissão de advogado até a redução dos gases que causam o efeito estufa.

A comissão da MP 579 recebeu orientação clara do governo: descartar tudo que não for relacionado ao setor elétrico e que altere a essência do texto, cuja principal intenção é reduzir a conta de luz para consumidores residenciais e para a indústria já a partir de 1.º de janeiro de 2013. Modificações profundas demandariam a publicação de novo decreto para regulamentar a MP.

O prazo da MP vence em fevereiro, mas a ideia é que ela tenha tramitação rápida e seja aprovada ainda este ano, para que produza rapidamente seus efeitos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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