Negócios

Celulares foram campeões de queixas no Procon em 2010

As reclamações ligadas a aparelhos celulares representaram 17,6% dos protestos registrados em 22 estados e Distrito Federal

Mais de 17% do total de reclamações registradas pelos Procons eram relacionadas aos aparelhos celulares (Franko Lee/AFP)

Mais de 17% do total de reclamações registradas pelos Procons eram relacionadas aos aparelhos celulares (Franko Lee/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2011 às 18h42.

São Paulo - Aparelhos celulares foram os produtos que mais geraram reclamações por parte dos consumidores em 2010, respondendo por nada menos que 17,6% de todos os protestos recebidos e analisados pelo Procon entre setembro de 2009 e agosto do ano passado. 

O dado, revelado hoje pelo Ministério da Justiça, é do Cadastro Nacional de Reclamações Fundamentadas, que leva em conta 122.662 queixas relacionadas a mais de 15.000 fornecedores. Foram excluídos da coleta de dados os atendimentos solucionados sem a necessidade de abertura de processos administrativos.

O segmento de produtos abocanhou 55,7% do total de reclamações. Para a diretora do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, Juliana Pereira, o fenômeno se assenta no aumento do poder de compra do brasileiro com a melhoria da renda média.

Segundo ela, o fato do consumidor procurar o Procon para resolver problemas como mau funcionamento, ausência de peças de reposição e não cumprimento da garantia não deixa de ser preocupante. “Isso demonstra que é urgente e necessário que o mercado apresente soluções para o atendimento ao consumidor no pós-venda”, afirma. 

Além dos celulares, que aparecem no primeiro lugar na lista dos produtos mais reclamados, microcomputadores e televisões também fizeram os consumidores entrarem em contato com o Procon no ano passado. Confira o ranking completo:

table.tableizer-table {border: 1px solid #CCC; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;} .tableizer-table td {padding: 4px; margin: 3px; border: 1px solid #ccc;}
.tableizer-table th {background-color: #104E8B; color: #FFF; font-weight: bold;}

  Produto Reclamações Porcentagem
Aparelho Celular 21.609 17,62%
Microcomputador / Produtos de Informática 9.860 8,04%
Televisão / Filmadora 4.471 3,64%
Geladeira e Freezer 4.428 3,61%
Máquina de Lavar Roupa / Louça e Secadora 3.333 2,72%
Aparelho de Som 2.201 1,79%
Aparelho DVD 2.181 1,78%
Móveis Para Quarto 1.844 1,50%
Fogão e Microondas 1.593 1,30%
10º Artigo de Foto Imagem 1.506 1,23%

Demais categorias

Quando desconsiderada a categoria de produtos - que reúne toda a sorte de intens comercializados - o segmento de assuntos financeiros, que abarca bancos, financeiras e cartões de crédito, foi o segundo a receber mais queixas em 2010, com 21,4% do total. Em seguida, vêm os chamados serviços essenciais, como água, energia elétrica e compensação bancária, somando 14,8% das reclamações. 

A partir do levantamento das solicitações não atendidas mesmo após a abertura do processo administrativo, o Ministério da Justiça também apurou as empresas que menos resolveram o problema do consumidor. No levantamento de 2010, os bancos marcaram presença em cinco das dez primeiras posições. Veja a lista completa: 

table.tableizer-table {border: 1px solid #CCC; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;} .tableizer-table td {padding: 4px; margin: 3px; border: 1px solid #ccc;}
.tableizer-table th {background-color: #104E8B; color: #FFF; font-weight: bold;}

Posição Fornecedor** Fundamentadas não Atendidas*
Panamericano 57,73%
Gradiente (IGB Eletrônica) 56,46%
Banco Cruzeiro do Sul 52,97%
Santander 51,30%
BV Financeira / Banco Votorantin 46,59%
Oi 45,83%
Americanas.com / Submarino / Shoptime / B2W 42,79%
BMG 41,70%
TIM/Intelig 41,00%
10º Starcell (Assistência Técnica) 38,11%

* Porcentagem em relação ao total de cada fornecedor
** Fornecedores pertencentes ao mesmo grupo econômico foram agrupados

Acompanhe tudo sobre:CelularesIndústria eletroeletrônicaConsumodireito-do-consumidor

Mais de Negócios

Instituto Motiva amplia investimento para R$ 1 bilhão até 2035 e aposta em cidades sustentáveis

‘Estamos virando uma senhora startup’, diz CEO da Cultura Inglesa sobre expansão até 2030

Como registrar sua marca? CNI lança guia prático para ajudar pequenas empresas

Multimarcas são insubstituíveis: como Malwee, Lunelli e Kyly veem o futuro do setor infantil