Fazenda de café da Cedro Agropec na Serra do Cabral usa tecnologias de ponta para tornar o processo produtivo mais sustentável. (Luis Tajes/Divulgação)
EXAME Solutions
Publicado em 5 de julho de 2024 às 12h00.
Faltando menos de seis anos para o fim da jornada rumo ao cumprimento da Agenda 2030, composta pelos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), não é mais possível dissociar a solidez e a reputação de um negócio de suas práticas de sustentabilidade.
“Inserir os ODS na estratégia, na sustentabilidade da operação e agir com propósito são compromissos cada vez mais cobrados pela sociedade e pelos investidores”, mencionou Carlo Pereira, CEO do Pacto Global da ONU no Brasil, na apresentação da pesquisa Como está a sua agenda ESG?, realizada pela organização em conjunto com as consultorias Falconi e Stilingue.
Atentas a essa tendência, muitas empresas brasileiras já assumiram o compromisso de alinhar suas estratégias a essas metas globais, impulsionando mudanças positivas nos negócios e promovendo impactos socioambientais significativos.
É o caso da Cedro Participações, uma jovem holding com negócios em mineração, agricultura, real estate e saúde, que nasceu comprometida com a Agenda 2030.“Desde a criação da nossa empresa, sempre pensamos no equilíbrio entre o desenvolvimento econômico das nossas atividades em harmonia ao desenvolvimento sustentável”, afirmou Lucas Kallas, presidente do conselho da Cedro Participações. “É nosso compromisso influenciar positivamente a imagem da mineração e enfrentar todos os desafios para garantir um presente e um futuro mais sustentável.”
ODS são um conjunto de 17 propósitos estabelecidos pela ONU em 2015 com a finalidade de enfrentar os desafios globais mais urgentes até 2030, incluindo pobreza, desigualdade, mudanças climáticas, degradação ambiental, paz e justiça.
Exemplo de que mineração e sustentabilidade andam juntas, a Cedro Mineração implementou em 2022 o Programa de Compliance e Integridade, seguindo a nova tendência global das empresas frente aos desafios do ESG — que compreende práticas ambientais, sociais e de governança para que as empresas sejam mais sustentáveis.
Entre essas práticas está o uso responsável de água. Para diminuir o consumo, a companhia reutiliza a água residuária, proveniente da ETE (Estação de Tratamento de Efluente) que seria descartada. A água é tratada e reutilizada na aspersão de vias e irrigação de taludes, fazendo assim uma gestão eficaz dos recursos hídricos, uma vez que deixa de captar água nova em fontes naturais. Só em 2021, em Nova Lima, 62% da água utilizada para controle de poeira foi proveniente de recirculação/reaproveitamento da água operacional. Nos anos de 2022 e 2023, esse percentual foi de 86% – sendo 12,5% do total oriundo do efluente tratado da ETE. Uma operação similar teve início na unidade de Mariana no final de 2023, com expectativa de resultados tão positivos quanto os observados em Nova Lima.
A Cedro adotou ainda um sistema fechado de recirculação de água nas operações de beneficiamento a úmido em uma de suas empresas, a Extrativa Mineral, além de realizar monitoramento dos corpos hídricos no entorno de seus empreendimentos, visando proteger de forma sustentável o ecossistema aquático.
Em relação às mudanças climáticas, desde 2021, a companhia realiza a mensuração dos gases de efeito estufa (GEE) emitidos durante as operações utilizando o GHG Protocol (Greenhouse Gas Protocol) – padrão internacionalmente reconhecido para medir e gerenciar emissões de GEE.
“Nesse novo ciclo, iniciado em 2024, finalizaremos a etapa de mapeamento das emissões e demos início, junto à Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) no âmbito do seu programa Missão Carbono Zero, com a meta de construir matrizes de ações que visam a redução das emissões nas operações”, explicou Kallas.
Na esteira da adoção das melhores práticas ambientais, uma iniciativa inovadora e sustentável da Cedro Mineração ganhou o Prêmio Excelência, da revista Minérios & Minerales. O projeto desenvolvido em uma das minas da empresa, localizada no Morro do Gama, em Nova Lima (MG), permite o aproveitamento do minério com menor teor de ferro, que seria descartado.
A FIEMG, juntamente com o governo de Minas Gerais, assinou o compromisso Race to Zero para zerar as emissões de carbono no estado até 2050.
O compromisso com a sustentabilidade, desde a seleção criteriosa do local até a implementação de práticas inovadoras ao longo do processo produtivo, é um dos principais pilares da Cedro Agropec, que investe em café no centro-norte de Minas Gerais e no oeste da Bahia onde estuda a entrada na cultura de cacau.
A fazenda de café da Cedro Agropec na Serra do Cabral, por exemplo, usa tecnologias de ponta para tornar o processo produtivo – de plantio e da irrigação – mais sustentável.
Além de aproveitar as características favoráveis da região, como topografia plana, disponibilidade hídrica e clima ameno, a empresa adota uma abordagem abrangente que inclui técnicas de agricultura de precisão.
Por meio da análise minuciosa do solo, previsões climáticas e utilização de softwares especializados, a Cedro Agropec toma decisões estratégicas sobre a aplicação de nutrientes, defensivos agrícolas e manejo da irrigação, adaptando-se às necessidades específicas de cada área de plantio.A agricultura de precisão adotada pela Cedro Agro promove o desenvolvimento de um cultivo saudável e sustentável, colhendo frutos de alta qualidade e elevada produtividade, permitindo, assim, a convivência harmoniosa com a fauna e flora local.
Além disso, a Cedro Agropec, pelo segundo ano consecutivo, patrocina e apoia o CINTEC (Congresso de Inovação, Tecnologia e Sustentabilidade) para a gestão pública. O evento é uma realização conjunta entre o Consórcio de Desenvolvimento Ambiental do Norte de Minas (Codanorte) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
O objetivo é reunir pessoas, empresas e entidades ligadas à gestão pública, para propor soluções eficazes e eficientes para a administração municipal. O evento é uma ótima oportunidade para a comunidade em geral ficar por dentro das discussões atuais sobre temas como sustentabilidade, tecnologias educacionais emergentes, meio ambiente e saneamento.
Melhorar a igualdade de gênero também é uma preocupação da empresa, que tem em seu quadro de funcionários a participação de mulheres desempenhando atividades em níveis diversificados de maneira igualitária.
Pelo terceiro ano consecutivo, a Cedro apoia o Fórum Regional de Diversificação Econômica, contribuindo para a construção de propostas que ampliem as oportunidades de desenvolvimento econômico dentro e fora da cadeia dos municípios.
Além disso, a empresa prioriza a contratação local de colaboradores e serviços, fortalecendo as comunidades, fomentando o crescimento sustentável e investindo em mais de 60 projetos sociais.
É mantenedora da Creche São Judas Tadeu, que atende mais de 600 crianças de 04 meses a 12 anos na cidade de Nova Lima (MG), oferecendo educação, serviços de saúde, alimentação e atividades extracurriculares.
Nos últimos cinco anos, a Cedro também realizou mais de 50 projetos culturais e esportivos, que somam mais de R$ 50 milhões via leis de incentivo, incluindo eventos, feiras, oficinas e práticas esportivas com forte abrangência social.