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Casa Branca pede que Congresso derrube projeto contra exportações da Nvidia

O chamado GAIN AI Act prevê a criação de um sistema que obrigaria fabricantes de chips de IA a priorizar clientes americanos

Funcionários da Casa Branca querem barrar proposta que restringiria a venda de chips de inteligência artificial da Nvidia para a China (VCG/VCG/Getty Images)

Funcionários da Casa Branca querem barrar proposta que restringiria a venda de chips de inteligência artificial da Nvidia para a China (VCG/VCG/Getty Images)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 20 de novembro de 2025 às 11h07.

Funcionários da Casa Branca estão pressionando membros do Congresso a barrar uma proposta que restringiria a venda de chips de IA da Nvidia para a China e outros países considerados adversários. O movimento reduz as chances de aprovação de um projeto que enfrenta forte resistência da empresa mais valiosa do planeta.

O GAIN AI Act, em discussão no Congresso, prevê a criação de um sistema que obrigaria fabricantes de chips de IA a priorizar clientes americanos. A medida, elaborada com a lógica de "America First", na prática, impediria a Nvidia e a AMD de venderem seus melhores produtos para o mercado chinês.

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A articulação do governo para conter essa movimentação representa uma vitória importante para a Nvidia, que vem se posicionando publicamente contra o GAIN AI Act e argumenta que não há escassez de chips nos EUA.

A eventual derrota do projeto, porém, significaria um revés para alguns dos maiores hiperescaladores americanos, como a Microsoft, que defendiam a proposta por enxergar nela um caminho para preservar sua vantagem competitiva frente a rivais chineses, além de facilitar o envio de chips de IA para data centers de empresas dos EUA instalados em regiões como Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.

Medidas alternativas

Apesar do possível recuo em relação ao GAIN AI Act, o movimento no Capitólio para restringir o acesso da China a chips de inteligência artificial está longe de terminar, segundo apurou o Bloomberg. Parlamentares já trabalham, em paralelo, em uma proposta alternativa (mais enxuta e de menor complexidade) para consolidar os limites atualmente impostos às exportações para o país asiático.

Esse novo texto, ainda não divulgado oficialmente, determinaria que o Departamento de Comércio rejeite qualquer solicitação de venda à China de chips mais potentes do que os modelos cujo envio já é permitido pelos EUA. A regra teria vigência inicial de 30 meses, criando uma espécie de "teto legal".

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O destino das duas iniciativas é incerto. Congressistas avaliam se o GAIN AI Act será incluído em um projeto de lei anual de defesa, ao mesmo tempo em que definem o momento adequado para apresentar a SAFE Act de 2025 (Lei de Exportações Seguras e Viáveis).

O cenário, no entanto, evidencia que há uma disposição clara e crescente no Congresso para assumir maior protagonismo nos controles de exportação de semicondutores, um pilar da política de segurança nacional que se tornou peça-chave na disputa tecnológica entre Washington e Pequim.

Mesmo assim, a Nvidia, que tem atuado de forma intensa para flexibilizar as regras de exportação, ainda não pode considerar a batalha vencida.

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