Negócios

Cartão pré-pago para viagem vira coqueluxe das bandeiras

Nesta semana, MasterCard e American Express estrearam no setor no Brasil. A Visa vê o produto como um dos principais vetores de crescimento no país

Segundo números do Banco Central, os gastos de brasileiros no exterior somaram 1,7 bilhão de dólares em janeiro, contra US$ 1,2 bilhão no mesmo período em 2010 (Stock Exchange)

Segundo números do Banco Central, os gastos de brasileiros no exterior somaram 1,7 bilhão de dólares em janeiro, contra US$ 1,2 bilhão no mesmo período em 2010 (Stock Exchange)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de março de 2011 às 17h49.

São Paulo - De olho nos crescentes gastos de brasileiros no exterior, os cartões de viagem pré-pagos estão virando objetivo de desejo das grandes administradoras internacionais.

Nesta semana, MasterCard e American Express estrearam no setor no Brasil. A Visa vê o produto como um dos principais vetores de crescimento no país.

A estratégia tem embutida a aposta de que o câmbio vai seguir valorizado por um bom tempo, acirrando movimentos que já vêm em forte ascensão nos últimos anos, como a primeira viagem de brasileiros ao exterior e estudantes do país fazendo intercâmbio internacional.

"Mantida essa política cambial, a quantidade de brasileiros viajando para fora vai continuar crescendo", disse à Reuters o diretor-executivo de produtos da Visa no Brasil, Percival Jatobá.

Segundo números do Banco Central, os gastos de brasileiros no exterior somaram 1,7 bilhão de dólares em janeiro, contra US$ 1,2 bilhão no mesmo período em 2010.

E, devido a traços característicos de mercados emergentes, de baixa bancarização e nos quais parte dos consumidores potenciais receiam usar cartões de crédito convencionais em viagens para evitar compras em excesso, as empresas acreditam que o crescimento do produto deve ser mais acentuado no Brasil e na América Latina.

Além das conveniências de "fechar o câmbio" na hora da compra da moeda estrangeira e de melhorar o gerenciamento dos gastos com o cartão no exterior, argumentos mais utilizados para venda pelos distribuidores, o produto vem recebendo acessórios para aumentar sua atratividade, como chip de segurança, a possibilidade de trabalhar com mais moedas e de recarregar créditos no exterior.

"A pessoa pode adquirir um cartão em dólar e, se viajar para a Europa, poderá realizar o saque em euro", disse o presidente da MasterCard Brasil, Gilberto Caldart.

A MasterCard Brasil fez parceria com a Travelex, maior distribuidora global e cartões pré-pagos em moeda estrangeira.


Embora as pessoas físicas sejam o alvo preferencial dos emissores, eles já descobriram que o interesse de empresas por este tipo de produto também vêm se expandindo.

"(O pré-pago é) uma ótima ferramenta para gerenciar os gastos com viagens ao exterior", disse em nota a vice-presidente das Américas para Produtos Pré-Pagos da American Express, Rose Del Col.

Pré-pago para tudo

A expectativa da MasterCard é de que o mercado de pré-pagos representa atualmente 12 bilhões de dólares em oportunidades na América Latina, incluindo vales-refeição e vales-alimentação. Para 2017, a previsão é de que o valor alcance 81 bilhões de dólares.

Acompanhe tudo sobre:administradoras-de-cartoesAmerican ExpressEmpresasEmpresas americanasFinançasMasterCardsetor-de-cartoesTurismoVisa

Mais de Negócios

Setor de varejo e consumo lança manifesto alertando contra perigo das 'bets'

Onde está o Brasil no novo cenário de aportes em startups latinas — e o que olham os investidores

Tupperware entra em falência e credores disputam ativos da marca icônica

Num dos maiores cheques do ano, marketplace de atacados capta R$ 300 milhões rumo a 500 cidades