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Carros voadores podem tirar investidores de transportes terrestres

Estudo divulgado nesta segunda aponta que o negócio de táxis elétricos aéreos tem potencial de modificar o cenário da mobilidade urbana

Carros voadores: negócio ainda enfrenta obstáculos sobre lucratividade e comercialização (Alauda/Divulgação)

Carros voadores: negócio ainda enfrenta obstáculos sobre lucratividade e comercialização (Alauda/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 9 de dezembro de 2019 às 17h55.

Última atualização em 9 de dezembro de 2019 às 17h55.

Os táxis elétricos aéreos, conhecidos erroneamente como "carros voadores", poderão tirar milhões de dólares em investimentos das startups de transporte terrestre em 2020, segundo um estudo divulgado nesta segunda-feira.

O nascente negócio de táxis elétricos aéreos "tem o potencial de modificar significativamente o cenário da mobilidade urbana", mas ainda enfrenta obstáculos significativos em relação à sua comercialização e à lucratividade, de acordo com o Emerging Technology Outlook 2020, do site PitchBook.

A empresa de pesquisa previu que as startups de táxi aéreo, como a Joby Aviation, com sede no Vale do Silício, e a alemã Lilium Aviation, poderão captar um nível recorde de investimentos em 2020, apesar de uma pausa no financiamento em 2019.

O PitchBook avalia a Joby em 450 milhões de dólares e a Lilium em 576 milhões. Até o momento, a Joby captou mais de 128 milhões de dólares de investidores, incluindo de Intel, JetBlue Airways e Toyota. A Lilium levantou mais de 100 milhões, com a chinesa Tencent como principal investidora. A Daimler e Geely Automotive investem em uma terceira empresa do segmento, a alemã Volocopter, que também levantou cerca de 100 milhões de dólares e é avaliada em 250 milhões.

Os carros voadores possuem várias formas e tamanhos, e muitos parecem bem diferentes de aeronaves convencionais de asa fixa. Os motores elétricos substituem os motores a jato e as aeronaves verticais de decolagem e pouso (VTOL), projetadas para não precisarem de pistas longas, têm asas rotativas e, em alguns casos, rotores no lugar de hélices.

É provável que os táxis elétricos aéreos voem em rotas de nível baixo, especialmente entre as cidades, aliviando o congestionamento nas estradas. Mas eles potencialmente aumentarão o congestionamento no tráfego aéreo à medida que se tornem mais populares.

A pesquisa do PitchBook observa que a indústria nascente, embora represente uma ameaça de longo prazo para as empresas de transporte terrestre, ainda enfrenta obstáculos regulatórios e tecnológicos que exigirão mais tempo e capital para serem resolvidos.

O potencial que os táxis aéreos têm para reduzir drasticamente os custos operacionais e de manutenção deve atrair milhões a mais em financiamento para ajudar a compensar as enormes cifras queimadas e a falta de receita.

A Lilium está buscando 500 milhões de dólares de investidores - mais do que o total investido em todo o setor desde 2009, segundo o PitchBook.

"Precisamos estar na primeira fila dessas oportunidades" para investir em startups de táxi aéreo, disse Jim Adler, chefe da Toyota AI Ventures, que investiu na Joby. "Se carros voadores acontecerem, a Toyota estará lá."

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