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Carros elétricos: veja as novidades para acelerar a adoção deles no Brasil

Enquanto montadoras aumentam a oferta de estações de recarga no país, incorporadora aposta em prédios pensados para quem quer dar adeus aos veículos a combustão

Volvo XC40 Recharge production in Ghent, Belgium (Volvo/Reprodução)

Volvo XC40 Recharge production in Ghent, Belgium (Volvo/Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2022 às 11h00.

Última atualização em 21 de setembro de 2022 às 12h17.

É uma conta difícil de fechar e até mesmo nos Estados Unidos, que saíram na frente na corrida para dar adeus aos veículos a combustão. A meta do país da Ford é fazer com que os carros elétricos representem 50% das vendas de zero quilômetro até 2030 – daqui a oito anos! Só que menos de 1% da atual frota americana, o equivalente a 2 milhões de veículos, é movida a bateria. 

Para mudar esse quadro, no entanto, não basta a Tesla, por exemplo, começar a vender como água. Os elétricos precisam cair nas graças do povo, é verdade, mas faltam investimentos em infraestrutura. Faltam, principalmente, carregadores para veículos do tipo e faltam muitos. 

Atualmente, os Estados Unidos dispõem de 45 mil equipamentos do gênero, incluindo os ultra rápidos da montadora de Elon Musk. Para replicá-los de Norte a Sul, o Congresso americano aprovou no ano passado, e com a benção de Joe Biden, a liberação de 7,5 bilhões de dólares para a construção de uma rede nacional de eletropostos

Essa fortuna, estima-se, permitirá espalhar 500 mil equipamentos do tipo pelo país. O projeto também prevê investimentos na distribuição de energia elétrica, que precisa ser aprimorada para suportar a carga extra que fatalmente virá. 

A medida do Congresso americano espelha o novo posicionamento dos Estados Unidos em relação ao Acordo de Paris — sucessor do célebre Protocolo de Kyoto, ele tinha a meta de limitar o aquecimento global a 1,5ºC. 

Em 2017, porém, por ordem do ex-presidente Donald Trump, os Estados Unidos abandonaram o compromisso de colocar o novo acordo em prática. Biden voltou atrás em fevereiro do ano passado com a promessa de traçar uma estratégia para zerar as emissões norte-americanas de poluentes até 2050. 

Muitas empresas americanas já estão surfando na onda dos elétricos — e não estamos falando das montadoras. É o caso da Charge Enterprises, por exemplo, que instala eletropostos. De janeiro a setembro de 2021, ela faturou 357 milhões de dólares. E olhe que 10 milhões de carregadores deverão ser instalados no país, incluindo os da iniciativa privada, nos próximos 15 anos.

Quantos carros elétricos existem no Brasil?

No Brasil, o cenário é outro. Temos só cerca de 850 eletropostos, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), ou, pelas contas das montadoras, pouco mais de mil. Veículos elétricos nas ruas? Não passam de 100 mil unidades. 

Mas há boas notícias para os brasileiros que já aderiram aos modelos a bateria. Em junho, a Volvo inaugurou seu segundo carregador rápido à beira de uma estrada. Está localizado na Rodovia Dr. Manoel Hipólito do Rego, em São Sebastião — uma mão na roda, portanto, para os frequentadores do Litoral Norte de São Paulo. O primeiro carregador do tipo da marca situa-se na altura do quilômetro 500 da Rodovia Régis Bittencourt, que liga São Paulo a Curitiba.

A meta da montadora é instalar 13 equipamentos do tipo ao longo de 3.000 quilômetros de rodovias, o que demandará um investimento de cerca de R$ 10 milhões. 

“Temos a ambição de conectar todo o Brasil através de corredores elétricos”, diz Rafael Ugo, diretor de marketing da Volvo Car Brasil. O carregamento é gratuito e atende tanto clientes Volvo como de outras marcas. 

Onde é possível carregar carros elétricos?

Outra companhia que está apostando muitas fichas na eletrificação da frota brasileira é a Patriani. A construtora paulista foi a primeira a entregar prédios com pontos de recarga para carros elétricos para cada apartamento, com medição individual. “Queremos oferecer praticidade para os moradores dos nossos prédios”, diz Valter Patriani, fundador da empresa.
A Patriani acredita, obviamente, que no futuro pouca gente vai dirigir veículos a combustão. Com os medidores individuais, ela busca evitar uma dor de cabeça para os condôminos que poderá se mostrar inevitável. Se os elétricos forem carregados na rede geral dos prédios, afinal, quem pagará a conta?   

Adaptar um prédio para veículos a bateria, por outro lado, com pontos de recarga para todos, pode custar até R$ 500 mil, segundo a Patriani. É por isso que todos os 20 edifícios dela que estão em obras preveem carregadores elétricos para cada unidade.

 

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