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Carros da Tesla chegam ao Brasil

Com preços de R$ 720.000 a R$ 780.000, as primeiras 4 unidades que foram trazidas ao país já foram vendidas

Tesla Model S: As primeiras 4 unidades que foram trazidas ao país já foram vendidas (Tesla/Divulgação)

Tesla Model S: As primeiras 4 unidades que foram trazidas ao país já foram vendidas (Tesla/Divulgação)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 9 de novembro de 2016 às 17h59.

Última atualização em 14 de dezembro de 2016 às 10h08.

São Paulo – Os futurísticos carros elétricos da Tesla estão, a partir de agora, mais perto dos brasileiros. Os veículos virão para o Brasil pelas mãos da Elektra, empresa criada recentemente nos Estados Unidos por Luciano S. Di Claro, CEO, e Jacob Gitman, fundador e chairman.

Alguns carros já estão expostos no Salão do Automóvel de São Paulo. Serão vendidos os modelos S 70, o utilitário X e o S P 100, que é o carro mais rápido em produção da humanidade, com velocidade que vai de 0 a 100 quilômetros por hora em 2,5 segundos. Os preços vão de R$ 720.000 a R$ 780.000.

No futuro também chegará o Model 3, primeiro carro a ser produzido em massa pela montadora, a um preço mais acessível. A Elektra é uma empresa separada da Telsa e não funciona como seu representante no Brasil - apenas trará os automóveis.

"Sabemos que, com esse preço, não vamos vender em grandes quantidades. Mas, com outros modelos mais baratos, poderemos ter maior alcance de mercado", afirmou o executivo.

As primeiras 4 unidades que foram trazidas ao país já foram vendidas. "Tivemos que pedir aos compradores para que deixassem os carros em exposição até recebermos novos", afirmou Di Claro.

Nos próximos meses, de 10 a 15 novos carros embarcarão nas terras brasileiras.

Os veículos serão vendidos na loja da Elektra, na Av. Europa em São Paulo. "Também estamos negociando com redes de concessionárias para franquear as lojas Elektra ou mesmo construir um Elektra Corner, uma área específica dentro da loja com um dos nossos carros", afirmou ele.

Na tomada de casa

Uma preocupação recorrente ao se falar de carros elétricos no Brasil é a infraestrura para recarga da bateria.

Segundo Di Claro, São Paulo já tem 20 pontos de recarga, número semelhante à Miami, onde o executivo mora. "A cidade já tem uma estrutura para receber veículos elétricos. Além disso, o consumidor também pode colocar o carro na tomada em sua casa", disse.

Uma recarga completa leva, em média, 6 horas. Os esportivos rodam até 400 quilômetros quando estão com a recarga cheia.

Piloto automático

O modelo S 70 D está disponível para test drive no Salão do Automóvel. No entanto, o interessado não irá, propriamente, dirigir o carro. Com um toque de botão, o Tesla fará todo o percurso sem a ação do motorista.

Esse é uma inovação que já consta nos veículos mais novos da montadora. É só colocar o destino no GPS que o veículo dirige sozinho até o local, sem que o motorista coloque as mãos no volante.

Parece ficção científica

Di Claro está nos Estados Unidos há 22 anos, onde co-criou um fundo de investimentos. A partir desse fundo, criaram a Elektra, empresa que não irá apenas trazer a Tesla para o Brasil.

Ela tem planos ainda mais ambiciosos, que parecem saídos de um filme de ficção científica, com foco em sustentabilidade e energias renováveis. Um dos projetos que está em negociação é uma máquina de fazer chover.

Um ionizador puxa a umidade de uma área de até 50 quilômetros de raio, a condensa e aumenta as chuvas em até 400%. A máquina, que já é usada por países como Israel, deverá começar a funcionar em dois meses, disse Di Claro.

"Queremos revolucionar, não só em carros, mas também na geração, conservação e distribuição de energia", afirmou ele.

Luciano Di Claro, CEO da Elektra, que trouxe os carros Tesla ao Brasil

Luciano Di Claro, CEO da Elektra, que trouxe os carros Tesla ao Brasil (Divulgação)

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