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‘Carro voador’ da Eve avança com investimento de R$ 90 milhões

Braço da Embraer recebeu um investimento total de R$ 191 milhões, incluindo aportes feitos pela própria empresa

Protótipo do 'carro voador' da Eve: braço da Embraer já fez IPO na bolsa de NY

Protótipo do 'carro voador' da Eve: braço da Embraer já fez IPO na bolsa de NY

Laura Pancini
Laura Pancini

Repórter

Publicado em 3 de junho de 2025 às 14h02.

Última atualização em 3 de junho de 2025 às 14h30.

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A Eve Air Mobility, braço da Embraer para veículos elétricos de decolagem e pouso vertical (eVTOLs), recebeu até R$ 90 milhões em subvenção econômica da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para acelerar o projeto de inovação na aviação urbana. O aporte faz parte de um investimento total de R$ 191 milhões, que inclui contrapartida da própria empresa.

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Fundada em 2017, a Eve desenvolve aeronaves e promete oferecer uma alternativa elétrica aos helicópteros e carros. Mas o produto ainda está em fase de testes: o primeiro voo está previsto para este ano, e a certificação, passo obrigatório para entrar no mercado, deve ser concluída em 2027.

Johann Bordais, CEO da Eve, enfatiza que o foco está na segurança e qualidade: “Não queremos ser os primeiros a voar, mas os primeiros a fazer isso certo”. Em 2024, a empresa apresentou o protótipo de engenharia e realizou testes em túnel de vento para validar aerodinâmica e ruído, etapas essenciais para a homologação.

Antes da certificação, a Eve reforçou o caixa com US$ 400 milhões no IPO e aportes adicionais, incluindo R$ 200 milhões do BNDES e investimentos da Embraer e da japonesa Nidec. Além disso, a carteira de pré-encomendas já soma US$ 14 bilhões, o que ajuda a financiar o desenvolvimento do produto e da infraestrutura necessária.

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A fábrica em Taubaté, São Paulo, será o ponto de partida da produção, com capacidade inicial para 120 unidades por ano, podendo chegar a 480 conforme a demanda. A estratégia é modular para equilibrar escala e sustentabilidade.

Além das aeronaves, o aporte da Finep vai para o desenvolvimento do ecossistema digital da empresa, que inclui o TechCare — plataforma que reúne soluções para operação, manutenção e suporte. “A infraestrutura digital é essencial para garantir eficiência, segurança e escalabilidade desde o primeiro voo comercial”, diz Luiz Mauad, vice-presidente de Serviços ao Cliente.

Para que os eVTOLs sejam viáveis economicamente, será necessário operar com alto volume: cerca de 15 a 20 voos diários por aeronave, conectados a vertiportos e integrados a outros modais de transporte. Essa é uma das apostas da Eve para que o modal ganhe escala e se torne competitivo frente a helicópteros e outros meios.

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