Pátio da General Motors em São José dos Campos, no interior de São Paulo | Foto: Roosevelt Cassio/Reuters (Roosevelt Cassio/Reuters)
Da Redação
Publicado em 6 de janeiro de 2022 às 06h30.
Última atualização em 6 de janeiro de 2022 às 06h59.
O aumento do preço de carros novos e usados foi um dos principais temas do orçamento do brasileiro no ano que passou. O reajuste foi da ordem de 14% e 16%, respectivamente, na taxa acumulada em 12 meses até novembro, dado mais recente do IPCA, índice oficial de inflação ao consumidor no país, calculado pelo IBGE.
A questão dos consumidores no ano que começa é se o fenômeno vai perder força, e o mercado, se normalizar. É uma resposta que depende de múltiplas variáveis e fontes. Uma das respostas será conhecida nesta quinta-feira, dia 6 de janeiro, com a divulgação dos emplacamentos de carros novos e das vendas de usados em dezembro e, por tabela, no ano fechado de 2021 pela Fenabrave, a entidade que reúne as distribuidoras de automóveis em todo o país.
Os dados serão divulgados a partir das 11h da manhã.
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Os números da Fenabrave conhecidos até novembro mostravam que, apesar da expectativa de recuperação em 2021, as vendas de carros (automóveis e comerciais leves, como picapes e furgões,) novos estavam em níveis praticamente iguais aos do ano anterior, que foi afetado em cheio pela primeira onda da pandemia do coronavírus.
Mais preocupante, os emplacamentos de autos e comerciais leves caíram 25% em novembro na comparação com o mesmo mês de 2020. Isso pode sinalizar uma tendência de forte desaceleração nas vendas, possivelmente ainda em razão da falta de componentes como semicondutores, um gargalo global que reduz a produção das montadoras.
A informação é fundamental para a formação dos preços por causa do equilíbrio (ou da falta dele) entre oferta e demanda. Até que a produção de carros novos seja normalizada, os preços devem continuar pressionados.