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Carrefour ressalta alta do real e queda da inflação em balanço

No Brasil, as vendas da rede foram de 3,6 bilhões de euros no período, o que representou uma alta de 10,5%

Carrefour: aumento da receita no Brasil se deve ao crescimento da rede Atacadão e à abertura de lojas Express (REUTERS/John Kolesidis/Reuters)

Carrefour: aumento da receita no Brasil se deve ao crescimento da rede Atacadão e à abertura de lojas Express (REUTERS/John Kolesidis/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de abril de 2017 às 07h03.

Londres - A rede varejista francesa Carrefour destacou nesta quinta-feira (13), em balanço referente ao primeiro trimestre do ano, que o resultado financeiro foi impactado negativamente por um efeito calendário, mas que, por outro lado, se beneficiou da valorização do real brasileiro, da baixa da inflação no País e da alta da cotação do petróleo no mundo.

As vendas globais do supermercado somaram 21,3 bilhões de euros de janeiro a março: 9,4 bilhões de euros com as operações em seu país-sede e 11,9 bilhões com a atuação internacional.

No Brasil, as vendas da rede foram de 3,6 bilhões de euros no período, o que representou, de acordo com a companhia, um incremento de 10,5% em termos orgânicos - já descontados também o efeito calendário e a variação do petróleo. Em todo o grupo, a expansão orgânica no primeiro trimestre de 2016 foi de 1,9%.

O Carrefour explicou em sua apresentação do balanço sobre o resultado de janeiro a março que se beneficiou no período de um efeito cambial favorável, com ganho de 3,9%.

A alta, de acordo com a companhia, se deve à valorização do real brasileiro. O efeito da alta do petróleo, conforme a varejista, também foi positivo, colaborando com 1,3%.

Por outro lado, uma data comemorativa e um dia a menos período pressionaram o resultado para baixo. "Este trimestre foi marcado por um efeito de calendário particularmente forte, com impacto de baixa de 1,6%, devido ao fato de que a Páscoa está no segundo trimestre deste ano. Houve também um dia de negociação a menos no primeiro trimestre de 2017, já que 2016 foi um ano bissexto", afirmou a empresa em sua demonstração de resultados.

Especificamente sobre o Brasil, a rede avaliou que a implantação do modelo multiformato "continua a dar frutos" em um ambiente marcado por um "elevado desemprego e uma desaceleração da inflação no primeiro trimestre".

"Neste contexto, o Carrefour registrou um bom desempenho, tendo registrado um crescimento de 5,6% (10,5% numa base orgânica)."

Ainda sobre os resultados obtidos no Brasil, o grupo salientou que o "sucesso" do Carrefour no País reflete a progressão contínua do Atacadão e dos hipermercados, além de aberturas de lojas de conveniência sob a marca Express.

Sobre as vendas na Argentina, o supermercado ressaltou a obtenção de um crescimento de 14,6%, mas enfatizou que o resultado se deu em meio a um cenário econômico difícil.

No balanço anterior, sobre o ano completo de 2016, a varejista já havia destacado o "excelente crescimento" no Brasil e a sua estratégia de ampliar unidades multiformato, "deslocando o centro de gravidade do grupo para unidades de conveniência".

Na ocasião, o grupo também comentava em seu balanço a intenção de abrir o capital da empresa no Brasil em 2017, mas o tema não foi abordado na apresentação dos resultados nesta quinta-feira.

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