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Carrefour não vê piora nas vendas após queda no segundo tri

O anúncio fez as ações da rede dispararem 6,9% na Bolsa de Paris no pregão de hoje

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2012 às 14h20.

Paris - O Carrefour, maior varejista da Europa, desafiou receios do mercado sobre outro alerta de lucro nesta quinta-feira, depois que o grupo afirmou que apesar das vendas permanecerem fracas em países sob planos de austeridade como Espanha e Itália, a situação não estava piorando.

O anúncio fez as ações da rede dispararem 6,9 por cento na Bolsa de Paris nesta quinta-feira.

Em mercados emergentes, o desempenho na China continuou a apresentar dificuldades mas as vendas de itens não alimentícios se recuperaram, enquanto no Brasil, segundo maior mercado do Carrefour no mundo atrás da França, houve forte performance.

As vendas totais excluindo os efeitos cambiais e sem considerar receita com combustíveis no mercado doméstico brasileiro no segundo trimestre cresceram 7,4 por cento, para 2,979 bilhões de euros. Eu seu release de resultados, o Carrefour destaca que o Atacadão continuou seu crescimento, apesar do forte incremento no segundo trimestre de 2011.

No semestre, as vendas no Brasil cresceram 7,7 por cento, para 6,15 bilhões de euros.

Recentemente, o presidente-executivo do Carrefour, Georges Plassat, afirmou que a companhia não tinha planos de deixar o Brasil e disse que considerava o país uma plataforma para a expansão do Grupo na América Latina .

No ano passado, o varejista francês vem concentrou boa parte das atenções do mercado desde que o plano do empresário Abilio Diniz de unir as operações brasileiras do Carrefour às do Grupo Pão de Açúcar fracassou em julho de 2011. Na ocasião, o também francês Casino, acionista majoritário do Pão de Açúcar e arquirrival do Carrefour na França, se opôs ao negócio.

O Carrefour informou que as vendas globais comparáveis do segundo trimestre caíram 1,3 por cento, arrastadas pela queda da demanda na Itália e Espanha e pela fraca receita de hipermercados na França.

As vendas do segundo trimestre das operações mundiais do grupo somaram 21,72 bilhões de euros (26,6 bilhões de dólares), pouco acima da média da estimativa de analistas, de 21,65 bilhões de euros.

O grupo francês informou estar "confortável" com o consenso do mercado para os dados de 2012 sobre lucro antes de juros e impostos (Ebit, na sigla em inglês) de 2,03 bilhões a 2,09 bilhões de euros, o que significaria uma queda de 5 a 8 por cento na comparação anual.


"Isso é claramente positivo no contexto de temores de mais downgrades (reduções de expectativas) significativos", disseram analistas do banco Espirito Santo.

A chegada de Georges Plassat, um veterano do varejo que assumiu o comando da empresa em maio, aumentou as esperanças de que o Carrefour poderá finalmente sair de anos de baixo desempenho em seus mercados principais europeus, onde seus hipermercados foram prejudicados pela forte concorrência de lojas especializadas e tendência de compras locais e online.

O novo executivo, contudo, enfrenta a dura tarefa contra um cenário de fraca economia. Varejistas em grande parte da Europa estão sofrendo à medida que a renda dos consumidores é apertada por aumentos de preços, salários estáveis e medidas de austeridade do governo, com a confiança prejudicada pela crise da dívida na zona do euro.

A rival alemã Metro alertou na semana passada que a crise estava afetando a demanda na maior economia europeia.

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