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Carrefour e Pão de Açúcar vão concorrer em shopping centers

Carrefour e Grupo Pão de Açúcar vão disputar o varejo de minishoppings


	Shopping Conviva Américas: a reação do Carrefour vem três meses depois de o GPA inaugurar o primeiro shopping de vizinhança, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro
 (Divulgação)

Shopping Conviva Américas: a reação do Carrefour vem três meses depois de o GPA inaugurar o primeiro shopping de vizinhança, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2013 às 08h59.

São Paulo - Fortes concorrentes nos hipermercados, Carrefour e Grupo Pão de Açúcar (GPA) vão disputar o varejo de minishoppings. Na semana passada, executivos da direção do Carrefour da França estiveram no Brasil para avaliar o projeto de construção de cerca de dez minishoppings no País, em áreas vizinhas aos hipermercados.

A intenção da rede francesa, vice-líder em vendas no ranking da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), é aproveitar o fluxo de consumidores dos hipermercados.

Com isso, é possível obter um renda com aluguel dos imóveis que pode compensar a perda de espaço das lojas de hipermercados no varejo de alimentos, dizem fontes próximas da empresa. O Carrefour não comenta o projeto.

Reação

A reação dos franceses vem três meses depois de o GPA, agora também controlado por um grupo francês, o Casino, inaugurar o primeiro shopping de vizinhança, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Batizado de Conviva Américas, o projeto consumiu R$ 40 milhões.

O shopping de vizinhança tem 12,5 mil metros quadrados de área para locação, com um supermercado Pão de Açúcar, que gera o fluxo de consumidores, cinco lojas âncoras, entre as quais estão a Centauro e Alô Bebê, além de 40 lojas menores.

“Com a chegada do Casino, fomos estimulados a tornar rentável o negócio imobiliário”, diz Isadora Sbrissa, diretora de marketing da GPA Malls, empresa criada para cuidar da área imobiliária. Ela conta que o Casino tem muita experiência nesse modelo de negócio em outros países onde atua.

A briga dos franceses no mercado de minishoppings promete ser boa e deve inaugurar um novo capítulo do varejo. Hoje, o GPA Malls tem 189 mil metros quadrados de área alugada na vizinhança de suas lojas, na forma de galerias comerciais. A intenção é ampliar a área de locação em 100 mil metros quadrados em 2014.


“Parte expressiva dessa área será destinada a shoppings de vizinhança”, prevê Isadora. Ela não revela as cifras que serão investidas no projeto, muito menos quanto os shoppings de vizinhança representarão da receita do grupo.

Isadora observa que não há uma regra a ser seguida para a implantação dos shoppings de vizinhança. Segundo a diretora, o projeto não se limita ao eixo São Paulo-Rio e todas as lojas espalhadas pelas cidades do País estão sendo avaliadas.

Cliente

Os minishoppings do Carrefour têm como foco o consumidor das classes B e C, que frequenta o hipermercado e está mais preocupado com preço baixo. Não é por acaso que a loja de descontos da Nike, a Nike Factory Store, já está numa área vizinha do hipermercado Carrefour de Osasco (SP). Segundo especialistas, redes varejistas de “fast fashion”, que encontram dificuldade para alugar grandes lojas, são potenciais inquilinos dos empreendedores desses minishoppings.

Para o sócio-diretor GS&BW, Luiz Alberto Marinho, além da perda de vendas dos hipermercados no varejo, outro fator que está fazendo com que grandes redes invistam em shoppings de vizinha para rentabilizar os imóveis que possuem é a sobreposição de lojas, resultante do forte movimento de fusões e aquisições no setor. Para atenuar a concorrência das vendas de lojas muito próximas, as redes de supermercadistas estão entrando num novo segmento de mercado.

Aluguel

Para especialistas, os minishoppings não concorrem com os shoppings tradicionais, apesar de o preço da locação ser menor. O aluguel das lojas dos minishoppings localizados em grandes centros chega a ser entre 30% e 40% mais baixo do que cobrado numa loja de shopping normal. Essa diferença aumenta e o valor do aluguel das lojas de shoppings de vizinhança pode ser 60% menor no caso de o shopping ficar em cidades do interior. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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