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Carrefour Brasil tem queda de 3,4% no lucro do 2º trimestre

Companhia registrou um Ebitda ajustado de 827 milhões de reais de abril a junho

Carrefour: vendas no conceito mesmas lojas subiram 5,4 por cento no consolidado do grupo (Philippe Huguen/AFP/AFP)

Carrefour: vendas no conceito mesmas lojas subiram 5,4 por cento no consolidado do grupo (Philippe Huguen/AFP/AFP)

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Reuters

Publicado em 11 de agosto de 2017 às 08h33.

Última atualização em 11 de agosto de 2017 às 09h16.

São Paulo - O Carrefour Brasil teve lucro líquido de 299 milhões de reais no segundo trimestre, uma queda de 3,4 por cento sobre o desempenho de um ano antes, mostrou nesta sexta-feira o primeiro resultado trimestral da companhia após a oferta pública inicial em julho.

A companhia teve geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de 827 milhões de reais de abril a junho, avanço de 3,5 por cento na comparação anual. A margem Ebitda ajustada, contudo, recuou 0,3 ponto para 7,1 por cento.

As vendas no conceito mesmas lojas subiram 4,5 por cento no consolidado do grupo, sem incluir postos de combustível e com ajustes de calendário, ante alta de 13,1 por cento no segundo trimestre de 2016, impactadas pela inflação de alimentos mais baixa.

A unidade de atacado da companhia, Atacadão, a principal da empresa no país, teve alta de 4,9 por cento nas vendas mesmas lojas nos três meses encerrados em junho após avanço de 18,5 por cento um ano antes.

As vendas da unidade Carrefour Varejo, também no conceito mesmas lojas excluindo gasolina, subiram 4,5 por cento, ante avanço de 2,4 por cento no segundo trimestre do ano anterior.

"O forte desempenho de não-alimentos, a expansão das lojas de conveniência e o desenvolvimento do comércio eletrônico para não-alimentos ajudaram a mitigar o efeito brusco da redução na taxa de inflação alimentar e demanda mais fraca no período", disse a empresa.

A companhia previu no balanço que as vendas continuarão a refletir nos próximos meses a queda da inflação de alimentos e a demanda sem fôlego.

Os números foram divulgados alguns dias depois que o principal rival, o GPA divulgou lucro líquido de 169 milhões de reais para o segundo trimestre, revertendo resultado negativo sofrido um ano antes. As vendas mesmas lojas da unidade Assaí de atacarejo subiram 13,5 por cento e as da área de super e hipermercados avançaram 1,2 por cento.

A receita líquida subiu 8,1 por cento no trimestre na comparação anual, para 12,32 bilhões de reais.

As despesas com vendas gerais e administrativas subiram 12,4 por cento, para 1,685 bilhão de reais, "refletindo nossos investimentos na expansão do negócio, implantação do cartão de crédito Atacadão e desenvolvimento da nossa plataforma de comércio eletrônico". A empresa afirmou que deve lançar no atual trimestre operações de vendas online de alimentos.

O resultado financeiro líquido ficou negativo em 216 milhões de reais no trimestre, 21 por cento maior que no mesmo período de 2016, em função de queda de receitas sobre aplicações financeiras, menor posição de caixa e ajustes monetários não-recorrentes.

A companhia investiu 507 milhões de reais no segundo trimestre, alta de 20,5 por cento sobre o mesmo período do ano passado. Do valor desembolsado, 42 por cento foi gasto em abertura de novas lojas.

O grupo terminou junho com 588 lojas no Brasil, com o segmento de atacarejo passando de 127 pontos de venda um ano antes para 139 ao fim do primeiro semestre deste ano.

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