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Atrasado, Carrefour amplia aposta em supermercado online

A novidade faz parte da estratégia de omnichanel do grupo Carrefour, ou seja, de integrar os canais de venda

Carrefour: acordo na França com Google para varejo online (Paulo Whitaker | Reuters/Reuters)

Carrefour: acordo na França com Google para varejo online (Paulo Whitaker | Reuters/Reuters)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 20 de abril de 2018 às 08h00.

Última atualização em 20 de abril de 2018 às 08h00.

São Paulo – Para recuperar o tempo e o mercado perdidos, o Carrefour irá iniciar a venda de alimentos pelo seu site. O movimento amplia a aposta da varejista no comércio eletrônico, já que essa função até então só estava disponível pelo aplicativo.

Os produtos serão entregues pelo próprio Carrefour, a partir de um centro de distribuição próprio e específico para a operação online.

Lançado em outubro do ano passado no aplicativo, o serviço de vendas de alimentos pelo e-commerce está disponível em São Paulo e em algumas cidades da região metropolitana. Os mais de 7.000 alimentos se somam aos mais de 100.000 itens já comercializados pelo Carrefour.com e pelo seu marketplace, inaugurado em 2016.

O serviço de e-commerce alimentar conta com três opções de período de entrega, entre 8h e 21h no dia seguinte à compra, por preço fixo.

A novidade faz parte da estratégia de omnichanel do grupo Carrefour, ou seja, de integrar os canais de venda. A participação do comércio eletrônico, ainda que pequena, triplicou de um ano para o outro. Em 2016, as vendas online eram apenas 1% do total e ano passado a média foi de 3,5% - 5% no segundo semestre.

O maior concorrente do Carrefour, o grupo Pão de Açúcar, tem uma estratégia online mais ampla. Os programas de fidelidade, personalizados, são gerenciados por meio de aplicativos. No segmento alimentício, companhia implementou o serviço Delivery Express em cerca de 50 lojas.

No primeiro trimestre do ano, o grupo apontou alta de dois dígitos no comércio eletrônico, mas não especificou o percentual de crescimento.

Para a analista sênior da Bloomberg Intelligence, Julie Chariell, a aposta está atrasada em relação à concorrência, mas tem grande potencial. Para a analista, o grupo pode ganhar espaço rapidamente se implementar o “clique e retire” em super e hipermercados e na expansão do marketplace.

“O Grupo Carrefour não entrou no comércio eletrônico até 2016, mas agora tem um plano detalhado para se tornar o líder em alimentos online e um dos cinco principais provedores de e-commerce em produtos não alimentícios”, disse ela em relatório.

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