Negócios

Carrefour acelera vendas em mesmas lojas no Brasil no 2º tri

Período também foi melhor para seu principal concorrente no país, o Grupo Pão de Açúcar, mesmo quando desconsiderado o efeito positivo da Páscoa para o setor


	Carrefour: entre abril e junho, as vendas do Carrefour em mesmas lojas tiveram alta de 11%
 (Antoine Antoniol/Bloomberg/Bloomberg)

Carrefour: entre abril e junho, as vendas do Carrefour em mesmas lojas tiveram alta de 11% (Antoine Antoniol/Bloomberg/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de julho de 2014 às 09h31.

São Paulo/Paris - O grupo francês Carrefour divulgou nesta quinta-feira que acelerou o ritmo de vendas no segundo trimestre no Brasil, período que também foi melhor para seu principal concorrente no país, o Grupo Pão de Açúcar, mesmo quando desconsiderado o efeito positivo da Páscoa para o setor.

Entre abril e junho, as vendas do Carrefour em mesmas lojas, que consideram os pontos abertos há mais de um ano, tiveram alta de 11 por cento na comparação anual, contra avanço de 3,9 por cento no primeiro trimestre.

Neste ano, a Páscoa, importante data de vendas para o varejo alimentar, caiu em abril em vez de março, ajudando a inflar o desempenho do segundo trimestre, que foi chamado de "excelente" pelo grupo francês.

Segundo o Carrefour, excluídos os efeitos de calendário e de combustíveis nas vendas, o crescimento em mesmas foi de 7,2 por cento no Brasil, também superior ao aumento de 6,4 registrado no primeiro trimestre pelos mesmos critérios.

O GPA, que divulgou seu resultado de vendas no fim da semana passada, também viu as vendas brutas da divisão alimentar subirem 7,8 por cento no segundo trimestre, contra apenas 2,6 por cento no primeiro.

A divisão, que compete diretamente com o Carrefour, reúne as bandeiras Extra, Pão de Açúcar e Assaí. Pelo critério de receita líquida, o aumento nas vendas em mesmas lojas da divisão alimentar da companhia foi de 8,3 por cento no período, percentual que, sem o efeito calendário, cairia para 6,3 por cento - também acima dos 5 por cento ajustados do primeiro trimestre.

Os resultados são divulgados em um momento em que grandes redes do varejo alimentar investem em ofertas mais baratas para aumentar o volume de vendas, diante de um cenário de crescimento econômico mais lento no Brasil.

A investida, que vem sendo abertamente divulgada pelo GPA como sua estratégia para o setor, pressupõe racionalização de despesas para compensar a prática de preços mais agressivos para os consumidores.

Restante do mundo

O Carrefour disse nesta quinta-feira que seu resultado global de vendas também mostrou aceleração, refletindo a melhora de tendências no sul da Europa e especialmente na Itália, regiões atingidas por medidas de austeridade pós-crise. No resto da Europa, as vendas aumentaram na Espanha pelo terceiro trimestre consecutivo, enquanto a receita em hipermercados franceses cresceu pelo quinto trimestre.

O vice-presidente financeiro da companhia, Pierre-Jean Sivignon, afirmou em teleconferência que o consenso das previsões dos analistas para um lucro operacional de cerca de 2,28 bilhões de euros neste ano parecia "razoável". A cifra representaria um aumento de 6,3 por cento sobre 2013. Maior varejista do mundo depois do Wal-Mart, o Carrefour divulgou vendas do segundo trimestre de 20,517 bilhões de euros (27,8 bilhões de dólares), contra uma previsão média de 20,384 bilhões em uma pesquisa da Reuters com analistas. Excluindo combustível e moedas, a receita cresceu 4,9 por cento contra 3,7 por cento de crescimento no primeiro trimestre.

"Esta é a melhor taxa de crescimento alcançada pelo grupo em cinco anos", disse Sivignon. As vendas subiram 0,1 por cento na Espanha, enquanto na Itália, o crescimento em bases comparáveis foi de 2,9 por cento, graças notadamente a uma campanha promocional ligada à Copa do Mundo.

Na França, as vendas cresceram em todos os formatos de lojas, com as vendas em mesmas lojas em hipermercados subindo 0,4 por cento, após um aumento de 0,7 por cento no primeiro trimestre.

Acompanhe tudo sobre:CarrefourComércioEmpresasEmpresas francesasSupermercadosVarejo

Mais de Negócios

'E-commerce' ao vivo? Loja física aplica modelo do TikTok e fatura alto nos EUA

Catarinense mira R$ 32 milhões na Black Friday com cadeiras que aliviam suas dores

Startups no Brasil: menos glamour e mais trabalho na era da inteligência artificial

Um erro quase levou essa marca de camisetas à falência – mas agora ela deve faturar US$ 250 milhões