Santander: Receita Federal entendeu que o banco não poderia ter usado o ágio gerado na operação para abater impostos e multou o banco em quase R$ 4 bilhões (David Ramos/Bloomberg)
Estadão Conteúdo
Publicado em 11 de maio de 2017 às 12h13.
Brasília - O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) começou a julgar nesta quinta-feira, 11, recurso da Procuradoria da Fazenda Nacional que pede a manutenção de uma multa de cerca de R$ 4 bilhões contra o Banco Santander.
O processo se refere ao pagamento de tributos após a compra do Banespa pelo Santander, em 2000.
A Receita Federal entendeu que o banco não poderia ter usado o ágio gerado na operação para abater impostos e multou o banco em quase R$ 4 bilhões.
Em 2011, porém, o Santander conseguiu derrubar a multa após recorrer ao Carf. A Procuradoria da Fazenda Nacional então apresentou recurso à câmara superior do conselho, que começou a ser analisado nesta quinta.
Antes de entrar no mérito do caso, o conselho passou cerca de duas horas discutindo a tempestividade do recurso, ou seja, se ele foi apresentado pela procuradoria dentro dos prazos legais.
O advogado do Santander, Roberto Quiroga, alegou que os procuradores perderam o prazo, que seria até 21/03/2012, já que, no sistema, consta que o recurso entrou no conselho no dia 21.
Já a procuradoria apresentou documentos mostrando que o recurso foi entregue fisicamente no dia 21, ou seja, dentro do prazo, posição que foi acolhida pelo Carf, que julgou o recurso tempestivo.