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Caravana Sebrae Delas celebra conquistas e incentiva empreendedorismo feminino em Ceilândia

Evento do Sebrae no Distrito Federal reuniu mais de 500 mulheres em ações de formação, crédito e inspiração

Durante evento, Giovanna Antonelli contou como superou desafios e inspirou as empreendedoras presentes. (Gabriela Pires)

Durante evento, Giovanna Antonelli contou como superou desafios e inspirou as empreendedoras presentes. (Gabriela Pires)

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Publicado em 14 de novembro de 2025 às 09h54.

Última atualização em 24 de novembro de 2025 às 09h59.

Qualquer pessoa, em especial as mulheres que vêem a atriz Giovanna Antonelli falar sobre o sucesso de sua carreira e de seus empreendimentos, muitas vezes catapultados por personagens marcantes em novelas, deve pensar, não sem razão: “Ter sucesso e vender bem sendo Giovanna Antonelli é fácil. Difícil é seguir o mesmo caminho sendo uma anônima".

A atriz tem a perfeita noção disso. Sabe que a posição que ocupa, aos 49 anos de idade e participação em mais de 30 produções na TV, entre novelas e minisséries, é de privilégio. E que as ideias de comercializar pulseirinhas e esmaltes azuis, utilizados por personagens de novelas de sucesso, por exemplo, dificilmente dariam errado.

Giovanna, porém, lembra que nem sempre foi assim. "Teve uma personagem que fiz, chamada Capitu. Quando soube do teste pro papel, pedi para fazer. Fui para o orelhão da minha rua, contando fichas telefônicas, esperando alguém atender. Recebi vários ‘nãos’, diziam que eu não tinha o perfil para o papel. Mas eu insisti. Continuava comprando ficha. E, com a desistência de outras atrizes para o papel, acabei ficando com ele. E tudo o que eu tinha naquela época eram 20 e poucos anos, minhas fichas do orelhão, minha fé e um sonho".

O relato da artista faz parte de sua palestra “O Discurso do Óbvio”, apresentada para mais de 500 mulheres empreendedoras no Ginásio Regional de Ceilândia e fez parte da 20ª edição da Caravana Sebrae Delas, desta vez realizada em parceria com outro evento, o Movimente nas Cidades, organizado pela unidade do Sebrae no Distrito Federal.

Antonelli foca num ponto presente e que se repete para muitas mulheres que sonham em empreender: a falta de apoio, algo retificado por outras mulheres que estavam no palco para contar suas histórias. É o caso de Jucileide Carvalho de Souza, proprietária da Cozinha da Neide, na feira da Ceilândia. “Me diziam que não ia dar certo. Que não iria durar um mês. Já estou lá há 15 anos", diz, orgulhosa.

A Caravana Sebrae Delas vem rodando diversos estados do país desde março deste ano. A missão é realizar atividades de formação sobre inovação, liderança, desenvolvimento de negócios e, claro, divulgar um programa de crédito desenvolvido exclusivamente para as mulheres empreendedoras: o FAMPE 100, uma versão turbinada do Fundo de Aval à Micro e Pequenas Empresas, já oferecido pelo Sebrae.

“Há 30 anos que o Sebrae oferece o FAMPE para empreendedores. Através dele, o Sebrae garante para as empresas de crédito conveniadas até 80% de garantia do valor concedido em caso de inadimplência do empreendedor. Com o FAMPE 100, que é exclusivo para mulheres, o Sebrae passa a oferecer 100% de garantia para as empresas de crédito. Ou seja: se acontecer que a empreendedora não pagar o empréstimo por algum motivo, o Sebrae vai pagar”, resume Eraldo Ricardo dos Santos, gerente-adjunto de Empreendedorismo Feminino, Diversidade e Inclusão do Sebrae.

De acordo com Eraldo Santos, de março até agora o Sebrae já conseguiu gerar, através do FAMPE 100, mais de R$ 300 milhões em empréstimos, atendendo mais de 15 mil mulheres empreendedoras no país. 

À frente do programa Movimente nas Cidades, a diretora-superintendente do Sebrae-DF, Rose Rainha lembrou a importância da Caravana Sebrae Delas chegar a Ceilândia, região administrativa com forte vocação para o comércio, serviços e economia criativa, quase 300 mil habitantes, 52% deles mulheres e com média de idade de 34,8 anos. 

“Temos um projeto forte de empreendedorismo feminino no Distrito Federal e a gente sente a alegria dessas mulheres empresárias quando elas percebem o Sebrae perto delas, pois muitas vezes elas não sabem tudo o que é oferecido a elas. Aqui, levamos mulheres ao palco para contarem suas histórias e mostramos como outras mulheres podem chegar lá, orientando a respeito da importância do crédito e como obter", destaca.

Durante o evento, ao longo do dia, diversas empreendedoras se instalaram dentro do Ginásio de Ceilândia, onde puderam comercializar seus produtos. Houve também atrações musicais e espaço para networking e troca de experiências entre as participantes.

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