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Canadá pode barrar produtos dos EUA por disputa de rótulos

O Canadá deve pedir que a Organização Mundial do Comércio (OMC) aprove as medidas de retaliação em um processo que levará de 18 a 24 meses


	No caso da carne, os rótulos devem trazer informações sobre onde o animal nasceu, foi alimentado e abatido
 (Mitchell/Getty Images)

No caso da carne, os rótulos devem trazer informações sobre onde o animal nasceu, foi alimentado e abatido (Mitchell/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de junho de 2013 às 16h20.

São Paulo - O Canadá poderá impor barreiras comerciais contra a carne bovina e suína dos EUA, além de dezenas de outros produtos, agravando uma disputa que já dura quatro anos sobre a rotulagem de origem por país da carne comercializada nos Estados Unidos.

O Canadá deve pedir que a Organização Mundial do Comércio (OMC) aprove as medidas de retaliação em um processo que levará de 18 a 24 meses, disseram os ministros canadenses da Agricultura, Gerry Ritz, e do Comércio Exterior, Ed Fast, nesta sexta-feira.

O México também decidiu buscar uma retaliação contra os EUA, disse Ritz, acrescentando que a lista de produtos do país pode ser diferente da canadense.

O Canadá pretende impor tarifas, caso a OMC aprove, sobre as carnes bovina e suína, bois e porcos vivos, milho, maçãs, cerejas e até produtos não alimentícios como móveis de madeira e colchões, disse Ritz em Vancouver.

A disputa ocorre por causa de uma exigência imposta pelos EUA, em 2009, para que a lojas coloquem rótulos com informação sobre o país de origem para carne e outros produtos, em um esforço para dar aos consumidores mais informações sobre a segurança e a origem de seus alimentos.

No caso da carne, os rótulos devem trazer informações sobre onde o animal nasceu, foi alimentado e abatido.

Canadá e México reclamaram na OMC que a medida chamada Rótulo de País de Origem (Cool, na sigla em inglês) discriminam o gado importado.

A OMC ordenou que os EUA cumprissem as regras da organização até 23 de maio, mas os EUA realizaram mudanças que segundo Canadá e México piorariam ainda mais a situação.

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