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Camargo Corrêa já sente reflexos do câmbio nos custos

O custo de equipamentos comprados no mercado internacional, a precificação de combustível e insumos são fatores negativos da alta do dólar para a empresa


	Camargo Correia: no entanto, a alta tem efeito neutro nos negócios internacionais da construtora, que representa 20% do faturamento do grupo
 (DIVULGAÇÃO/Camargo Correia)

Camargo Correia: no entanto, a alta tem efeito neutro nos negócios internacionais da construtora, que representa 20% do faturamento do grupo (DIVULGAÇÃO/Camargo Correia)

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Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2013 às 13h40.

Rio - O vice-presidente internacional da construtora Camargo Corrêa, André Clark, afirmou nesta sexta-feira, 23, que a companhia já sente o aumento de custos em função do câmbio. Na avaliação do empresário, o atual patamar do dólar "veio para ficar" e as medidas adotadas pelo governo não devem "fazer diferença relevante".

"A questão da desvalorização do dólar é quase sistêmica, depende mais de fora do Brasil. Existe um novo patamar e esse patamar veio para ficar", afirmou o executivo.

Segundo Clark, a alta tem efeito neutro nos negócios internacionais da construtora, que representa 20% do faturamento do grupo. "Ganhamos mais competitividade no exterior, exportamos mais, mas sentimos os efeitos inflacionários."

O custo de equipamentos comprados no mercado internacional, a precificação de combustível e insumos são alguns dos fatores negativos da alta do dólar para a construtora. A alta também gera uma preocupação quanto ao impacto no balanço.

"Quando entramos em grandes projetos, entra já protegendo a compra de variações cambiais. Não temos exposição relevante à moeda estrangeira acima da nossa receita na moeda", explicou o executivo.

Clark também afirmou que não há alteração na estratégia do grupo, que atua em projetos de longo prazo em países como Angola, Moçambique, Peru, Argentina e Venezuela. Mas o executivo acredita que a alta pode ajudar a expandir a receita do grupo em novos projetos, devido à maior competitividade no mercado internacional. "Expectativa é chegar a 30% do faturamento nos próximos quatro anos", concluiu.

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