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Camargo Corrêa retira funcionários de Jirau

Em decorrência de “ataques vândalos”, segundo a empresa, a obra da usina hidrelétrica foi paralisada

Canteiro da Usina de Jirau: Camargo Corrêa possui mais de 22 mil profissionais alocados em Jirau (Fernanda Preto/Veja)

Canteiro da Usina de Jirau: Camargo Corrêa possui mais de 22 mil profissionais alocados em Jirau (Fernanda Preto/Veja)

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Da Redação

Publicado em 17 de março de 2011 às 18h35.

São Paulo - A Camargo Corrêa suspendeu hoje (17/3) as obras na hidrelétrica de Jirau em decorrência de conflitos que acontecem na área nessa semana. Os funcionários da empresa foram retirados do lugar “em decorrência de ataques vândalos”, segundo comunicado da empresa.

“Esses atos de violência foram provocados pela ação criminosa e isolada de um grupo de vândalos, que não representa os trabalhadores de Jirau”, informou a empresa, em comunicado. A Camargo Corrêa nega que reivindicações trabalhistas tenham provocado o incidente e afirma que não recebeu dos representantes dos trabalhadores qualquer solicitação nesse sentido.

O assessor da Secretaria de Segurança, Defesa e Cidadania de Rondônia Santiago Roa Junior afirmou à Agência Brasil que, de 18 mil funcionários da obra, 300 estão ligados diretamente com os atos de vandalismo.

Um funcionário da obra disse à EXAME.com que o conflito envolve operários da empresa mas não foi provocado por reivindicações salariais. “Gerou uma revolta por causa da briga (entre um operário e um motorista de ônibus, na terça-feira) e começaram a quebrar instalações da empresa”, disse. 

“Não teve reivindicações de trabalhadores, tem insatisfação de salário, mas normal de qualquer obra, qualquer empresa”, afirmou o funcionário. Os atos de vandalismo incluem ônibus quebrados e alojamentos queimados - e saqueados, segundo o funcionário. Sem alojamentos para dormir, os trabalhadores estão sendo levados para Porto Velho.

A ocorrência não causou vítimas e os danos ainda estão sendo apurados, segundo a empresa, que conta com mais de 22 mil profissionais alocados em Jirau. As atividades na obra foram paralisadas.
 

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